XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
ser, a identidade do educando e o direito de ser. Segundo
Dayrell (2007), no âmbito escolar, de certo modo, atribuem
as causas do desestímulo nos estudantes, pelos conteúdos
escolares não estarem atrelados as relações que permeiam
as suas vidas no seu cotidiano e cultura. Daí a relevância da
apreensão da realidade, seus conflitos, por meio das con-
cepções da investigação temática, realizada não nas coisas,
mas nas mentes dos homens, das mulheres em suas cons-
ciências acerca da ação cultural ou ação educativa, sobre
a realidade cotidiana e suas contradições com vínculos as
situações limitantes e ato limite. (FREIRE, 1987).
Na pesquisa realizadas na Colônia Z3, os dados apre-
sentados em diário de bordo do estudo realizado por Pi-
mentel, Madeira e Gomes (2015), considera o jovem, que
convive no espaço de contexto, não deseja permanecer na
Cultura do seguimento da Pesca. Os jovens expressam o de-
sejo de ter uma qualificação profissional, que traga a tran-
quilidade econômica e “desejam trabalhar para suprir suas
necessidades de consumo, que vai de um simples boné até
eletroeletrônicos, celulares, perfumes e roupas de grifes”
(PIMENTEL, MADEIRA e GOMES, 2015, p.3).
Pimentel, Madeira e Gomes (2015), reconhecem que
os jovens apresentam práticas sociais comuns na atualidade
juvenil, constitui um padrão de comportamento em relação
a suas conquistas e desejos. Numa perspectiva semelhante
Dayrell (2007) discute que existe uma diversidade com dife-
rentes estilos individuais e coletivos expressadas em atitudes
e comportamentos dos jovens. No entanto, Pimentel, Ma-
deira e Gomes (2015) e Dayrell (2007), afirmam que o con-
sumo dos jovens, por produtos, potencializa a ostentação
dos aparelhos eletrônicos, cujo impacto no cotidiano juvenil
precisa ser mais pesquisado. “As práticas culturais não são
homogêneas e articulam-se, de acordo ao seu coletivo, não
havendo um limitador social em relação a classes” (DAYRELL
2007, p. 1110), portanto, os jovens podem ter estilos, atitu-
des, músicas e comportamentos variados que perpassam os
limites das classes sociais a que pertencem.