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EIXO 9 – PAULO FREIRE: POLÍTICAS PÚBLICAS E A GESTÃO EDUCACIONAL
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
O pensamento freiriano é provocativo e instigante
porque está sempre em movimento, aberto às di-
ferenças culturais e aos novos desafios diante das
realidades sociais. Freire é um pensador que não
apenas propõe o diálogo como caminho para a
educação, mas constrói um pensamento profun-
damente dialógico. Para todos os que atuam em
educação, ele continua a ser um autor central na
discussão teórica e na inspiração de práticas inova-
doras em relação às formas alternativas e criativas
de cada projeto pedagógico que lute pela emanci-
pação. (STRECK
et al
, 2010, p. 20).
A profusão de artigos, dissertações e teses encontra-
dos nos bancos de dados, tanto da Scielo quanto da CAPES
sobre a temática da Humanização que citam Freire é grande
e não se restringe ao campo da educação. Na área da saúde,
por exemplo, com ênfase às práticas humanizadas, catego-
rias como amorosidade, alteridade e diálogo são observadas
como características dos profissionais da saúde humanistas
e defendidas a partir da pedagogia freiriana. Neste sentido,
também encontramos referência à inclusão oficial do termo
amorosidade,
na perspectiva freiriana, como um dos prin-
cípios da política nacional de educação em saúde no SUS.
Conforme descrito no Diário Oficial da União (BRASIL, 2013),
amorosidade é
a ampliação do diálogo nas relações de cuidado
e na ação educativa pela incorporação das trocas
emocionais e da sensibilidade, propiciando ir além
do diálogo baseado apenas em conhecimentos e
argumentações logicamente organizadas. (BRASIL,
20 maio 2013).
De acordo com Garré e Henning (2013), o legado
freiriano deixou muitas contribuições teóricas que, são
“referentes ao processo de humanização, no qual é fun-
damental o exercício da tríplice-relação entre a visão de
mundo, a de homem e a de sociedade.” (p. 277). Não te-
mos a pretensão de esgotar as possibilidades de análise
das teorias de Freire em nosso trabalho, o que considera-
mos inviável. Deste modo, observamos que enquanto sín-