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EIXO 9 – PAULO FREIRE: POLÍTICAS PÚBLICAS E A GESTÃO EDUCACIONAL
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
como o direito de todos e todas a frequentarem espaços
de formação e socialização para além dos 12 anos de es-
colarização que compõem a educação básica; igualdade e
permanência significam possibilitar que todos e todas de-
senvolvam novas habilidades, conheçam e transformem a si
mesmos(as) e ao mundo.
Enquanto mecanismo de superação das condições
de alienação e exploração, a humanização é um direito que
deve ser exercido ao longo de toda a vida, “do berço ao
túmulo”. É o direito tanto de conhecer o novo e quanto de
conhecer melhor o que já se conhece. É o direito de vir a
ser, expresso pelas dimensões antropológica, pedagógica,
estética, ética e política. Essas dimensões perpassam pela
compreensão da sua história, do tempo e contexto em que
está inserido (a) e das possibilidades de transformá-la; per-
passam, assim, por espaços educacionais que permitam
essa compreensão e possibilitem que todos e todas sejam
autores e atores de seus processos de ensino-aprendizagem
por meio da mediação.
Esse vir a ser, essa ad-mmiração com o mundo e sua
posterior transformação transcendem a educação básica, não
podem ser datadas, pré-determinadas e delimitadas a um pe-
ríodo tão curto da vida. Se a educação básica é humanizado-
ra, ela prepara os (as) alunos (as) para a busca permanente e
responsável pela liberdade (FREIRE e FAUNDEZ, 2017), busca
essa que é realizada pelo resto da vida. Cremos que a Educa-
ção de Adultos, enquanto política, é o espaço para que esse
movimento de busca seja intensificado, ressignificado e parti-
lhado entre homens e mulheres de diferentes idades, culturas
e percepções de mundo. Assim, não se trata de compreender
a EJA enquanto prática humanizadora, o que certamente o é,
mas algo maior, para além da leitura da palavra.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cremos que a humanização, cujo caminho é a educa-
ção, é um direito de todos e todas; sua universalidade está,
justamente, na leitura do mundo e em sua consequente liber-
dade. Enquanto espaço de leitura de mundo, de promoção