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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 9 – PAULO FREIRE: POLÍTICAS PÚBLICAS E A GESTÃO EDUCACIONAL

O termo dialética tem sua origem no termo gre-

go

dialektiké,

termo composto de

lego,

que signi-

fica falar e

diá,

que significa através de, por meio

de. Entre os gregos, indicava o diálogo, a arte da

discussão. Em Hegel, a dialética explica a mudança

pela contradição (FONSECA, 2016, p.36).

O método dialético também é desdobrado em três mo-

mentos: 1) da tese ou sincrese; 2) da antítese; 3) da síntese.

O primeiro momento, da tese ou da sincrese, diz res-

peito a uma visão caótica do objeto, o pensamento afirma

determinada posição. Poderíamos dizer que são as primeiras

impressões, as leituras prévias que temos sobre a verdade

ou a realidade. Como atividade intelectiva, esse momento é

importante para o pensar sistemático, pois inicia uma traje-

tória, mas não pode permanecer nele, deve passar adiante.

O segundo momento, da antítese, é um momento de

contradições, de oposições, de conflito, de confronto, de

dar-se conta das falhas e das inconsistências. É um momen-

to de despertar crítico, buscando uma reconciliação, como

se fosse uma nova unidade entre esses saberes opostos.

O terceiro momento, a síntese, se caracteriza pela ca-

pacidade de apreender, de superar o confronto e absorver

e conservar formulando nova unidade. A síntese vem a ser

a culminância dos dois processos anteriores, superando-os.

Após a realização da síntese, todo processo pode ocorrer

novamente, progredindo sempre para um saber mais abran-

gente e melhor estruturado.

Freire também apropria-se de algumas concepções

desenvolvidas por Marx, a exemplo do conceito de práxis,

onde é colocado como ponto de partida o concreto, a reali-

dade de cada sujeito e após há uma reflexão sobre essa prá-

tica, no sentido de ação- reflexão-ação. A práxis, de modo

amplo diz respeito a uma ação e reflexão intersubjetiva que

leva à constante transformação do mundo.

Na obra

A importância do ato de ler

(2011, p. 27) Frei-

re revela que não é pertinente a insistência na quantida-

de de leituras sem a devida compreensão, pois, para ele o

importante é a qualidade do texto, esclarecendo “um dos