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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

que passam a perceber-se sujeitos no mundo, imer-

sos em uma realidade que os condiciona, mas tam-

bém descubram que são capazes de transforma-la

(HENZ, 2015, p. 20).

Essa capacidade de transformar-se, de auto(trans)for-

mar-se, vai envolvendo os sujeitos imbricados nesse

quefa-

zer

, onde todos têm a possibilidade de compartilhar neces-

sidades, saberes, dificuldades, êxitos e desafios que perpas-

sam a práxis educativa, compartilhando essas experiências,

por meio do processo dialógico.

O prefixo

auto

aqui defendido não tem o sentido de

um

eu isolado

, mas de um

eu com os outros

; sujeitos cons-

cientes como seres inacabados, que aprendem e auto(trans)

formam-se em comunhão. Nessa mediação, esses sujeitos

vão fazendo-se e refazendo-se, também na/pela palavra, no

trabalho, na ação-reflexão-ação.

Uma das premissas iniciais ao falarmos sobre a auto(-

trans)formação é compreender que o “auto”, na perspectiva

aqui defendida, não se constitui em um “auto de si mes-

mo”, um “eu sozinho”, mas que é sempre estabelecido na

relação com o outro – “eu com os outros” – que não busca

apenas sua transformação, mas se compromete em ajudar a

criar condições para que todos os sujeitos que, conscientes

do seu inacabamento, possam auto(trans)formarem-se em

comunhão e no diálogo com os outros e com o contexto

vivenciado, realidade essa também a ser transformada.

Partir dessa concepção é reconhecer que o professor,

consciente do seu inacabamento, está sempre desafiado a

buscar, a aprender coisas novas que compreende o proces-

so de ensinar e aprender, não como algo dado, mas que vai

se construindo

na

e

pela

história,

com consciência e sensibi-

lidade

(GADOTTI, 2005) das suas tarefas e atribuições, bus-

cando construir uma formação cooperativa e interformativa

com os outros professores, olhando para os problemas reais

do contexto em que estão inseridos, sentindo-se desafiados

a comprometer-se com a transformação da realidade. Ao

pensar a formação de professores,