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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

belecido, mas que vai se construindo na e pela história, por

meio de processos que se fazem juntos. Essa postura revela

o compromisso político-epistemológico (e antropológico)

com os educandos (FREIRE, 2014), onde ensinar-aprender

é algo que que exige parceira, comprometimento, coopera-

ção e relação com a realidade dos contextos sócio-histórico-

-culturais de estudantes e professores. Afinal, “não concebo

que um professor possa ensinar sem que ele também esteja

aprendendo; para que ele possa ensinar, é preciso que ele

tenha de aprender” (FREIRE, FAUNDEZ, 2002, p. 46), apren-

dizagem esta, sempre inacabada.

Freire (1998) nos leva a refletir sobre a consciência da

nossa incompletude como seres humanos que estamos nos

humanizando, uma vez que não somos; vamos aprenden-

do a ser na nossa genteidade no dia-a-dia de nossas vidas

e nas relações que estabelecemos com os outros e com o

mundo, numa aprendizagem que nunca se completa. Assim,

ao reconhecer-se na condição de sujeito condicionado, mas

não determinado pela história, descortinam-se inúmeras

possibilidades de

vir a ser

mais, transformando a si mesmo e

a realidade que nos condiciona. Essa consciência da incon-

clusão, do inacabamento vai sendo construída por meio do

grupo que dialoga nos Círculos, a partir de outro movimen-

to central: os diálogos problematizadores.

DESCOBRIR-SE INACABADO PARA AUTO(TRANS)

FORMAR-SE PERMANENTEMENTE

A tomada de consciência de que somos sujeitos inaca-

bados, em permanentes processos aprendentes, é o primei-

ro passo para a auto(trans)formação. Por meio da tomada

de consciência de que cada docente foi e é sujeito de suas

transformações (JOSSO, 2010a), vai reconhecendo-se como

ser inacabado, capaz de autoformar-se com os outros, que

também vão se auto(trans)formando. No entanto, apesar de

muito importante para a conscientização, segundo Freire

(2008, p. 30)