Table of Contents Table of Contents
Previous Page  127 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 127 / 2428 Next Page
Page Background

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

127

EIXO 2 – PAULO FREIRE:

MEMÓRIA,

REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO

ativa, o sujeito transformador. Tais características permitem

refletir sobre o sentido dessa criatividade possibilitando

questionamentos que vão compondo o ato de criar, seja ao

pensar sobre a interferência do ato criativo na relação com

o outro, seja em como essa criatividade pode transformar

ambiente social em que o sujeito está inserido.

Nesse sentido, a criatividade libertadora ganha cunho

social à medida que visa aspectos direcionados a uma edu-

cação menos excludente e igualitária, quando o sujeito

agarra a responsabilidade pelo coletivo ele dialoga a fim de

lutar contra as injustiças possam surgir, na mesma medida

que quando a esperança existe, mas uma esperança crítica,

ele não concorda em invalidar um outro sujeito e enxerga as

limitações sociais e suas próprias limitações o que vai permi-

tir ir além e exigir a diferença.

Sobre a dimensão de criatividade libertadora relacio-

nada ao inédito viável, Rosas (2008, p. 166) escreve que

Criatividade libertadora, com Paulo Freire, vem à

tona pela dimensão de história e cultura funda-

mentada pela argumentação contextual de criação,

bem como pelo reconhecimento sobre a necessá-

ria condição de sujeito que atua inventando com

as relações que elabora e participa. Sujeito capaz

e hábil, concentrado na situação-limite, estendido

pela atualização de seu inédito viável.

O movimento de superação da situação limite em bus-

ca do inédito viável tem em si uma criatividade que se fun-

damentando no passado, mas não fica nele, pois requer do

sujeito consciência crítica e participação ativa tornando-o

sujeito criador e transformador da sua realidade. Sendo as-

sim, o inédito viável precisa conhecer as razões históricas,

sociais e econômicas que podem explicar a desesperança e

a partir desse entendimento tentar superar as situações limi-

tantes que emergem. Nas situações limites há o lugar onde

a esperança pode ser ressignificada, pois é onde se pode

sonhar numa práxis possível.

A esperança crítica fundamentada no sonho e no co-

nhecimento é construída no diálogo e na possibilidade de