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EIXO 2 – PAULO FREIRE: MEMÓRIA, REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
No que concerne o processo de decodificação as ex-
pressões associadas ao inédito viável perpassaram pela rela-
ção à situação limite, consciência máxima possível, percep-
ção crítica, reflexão, liberdade, politização, diálogo, o inter-
rogar, o sonho. Essas associações permitem tecer discussões
sobre a expressão do inédito viável nas obras. Na sequência
veio a análise, no processo da decodificação em busca do
novo concreto a seguir.
CRIATIVIDADE LIBERTADORA COMO CONSTITUTIVO
DA EDUCAÇÃO POPULAR
Para direcionar a discussão algumas perguntas emer-
giram a fim explicar criatividade libertadora enquanto cons-
titutivo da Educação Popular situada pela categoria do iné-
dito viável, dentre elas: na dimensão da pedagogia da dia-
logicidade que elementos podem ser elencados, enquanto
temas geradores para se pensar o inédito viável? Que enten-
dimento Paulo Freire atribuiu ao inédito viável para que se
possa pensar a criatividade libertadora como constitutivo da
Educação Popular? Como criatividade libertadora, mediada
pela categoria do inédito viável, é constitutivo da Educação
Popular?
Ao falar em criatividade nos debatemos com várias
traduções seja ela um mito, bruxaria, loucura, dom. Cientifi-
camente, Guilford (1950) delineou a criatividade como uma
das capacidades humanas, comprovando por meio da técni-
ca de analise fatorial que definiu o comportamento criativo,
assim criatividade adquiriu relevância epistemológica sendo
uma operação realizada pelo cérebro, por isso naturalmente
humana (ROSAS, 2008).
A criatividade libertadora ou criatividade em Educação
Popular com Freire, ganhou fundamentação e passou a ser
expressa a partir da tese de Rosas (2008). Essa categoria traz
consigo algumas características que são pertinentes a sua
composição: o diálogo, a esperança crítica, a radicalidade
de sujeito crítico, a responsabilidade pelo coletivo, a exigên-
cia de práxis libertadora, a consciência crítica, a participação