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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
objetiva-se pensar o conceito de “Cultura do Silêncio” como
uma representação da colonialidade do ser, na qual os sujei-
tos são subjugados e retirados do direito de pronunciamen-
to crítico do (seu) mundo.
REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLOGIA
Apesar de o debate sobre as definições do campo dos
estudos pós-coloniais e subalternos não ser consenso entre
os autores e autoras da literatura da área
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, a primeira meta-
de do século XX é marcada por proposições de grande re-
percussão mundial, que versavam sobre as diversas formas
de opressões infringidas às civilizações colonizadas, buscan-
do evidenciar o antagonismo colonizador/ colonizado.
A América Latina não fica de fora dos discursos de
questionamento
à
ordens hegemônicas europeias, a pro-
dução latino-americana auto-denominada decolonial
4
. En-
tre outros, é o grupo Modernidade/ Colonialidade (M/ C)
aquele considerado de maior expressividade e aceitação
acadêmica, tendo como alguns expoentes Walter Mignolo,
Ramón Grosfoguel, Arturo Escobar, Immanuel Walerstein,
Aníbal Quijano e Catherine Walsh. O Grupo M/ C defende
a percepção de ruptura decolonial, em âmbito epistêmico,
teórico e político, como uma forma de compreender e agir
no/ com o mundo.
Em busca de perceber a construção da colonialidade
Mignolo (2003), propõe que esta se reproduz em três dimen-
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Afim de conhecer autores de grande expressão da área, ver mais em: San-
tos (2008) argumenta que os estudos pós-coloniais emergem logo após as
reflexões de Fanon “Os condenados da terra” (1961) e “Pele negra, más-
caras brancas” (1971) e “O colonizador e o colonizado” de Memmi (1965).
Para Piletti e Praxedes (2010) os estudos pós-coloniais são desenvolvidos a
partir da construção do “Centro de Estudos Culturais Contemporâneos”, da
Universidade de Birmingham, fundamentalmente a partir da obra de Said,
“Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente” (1978).
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Catherine Walsh desenvolve a utilização da expressão “decolonização” e
não “descolonização”, onde a retirada da letra “s”, demarca a distinção
entre o processo histórico de descolonização e o projeto decolonial do
Grupo Modernidade/ Colonialidade (BALLESTRIN, 2013, p. 20).