XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
“CULTURA DO SILÊNCIO”,
EXPRESSÃO DA COLONIALIDADE?
Camila Wolpato Loureiro
1
Alan Ricardo Costa
2
INTRODUÇÃO
A construção da mente e do imaginário latino-ameri-
cano estão intimamente associados à colonialidade. Através
de levantamento bibliográfico dos estudos pós-coloniais,
subalternos e decoloniais, abordaremos algumas formas de
(re) produção da colonialidade, percebendo a “Cultura do
Silêncio”, proposta por Paulo Freire, como expressão pos-
sível dessa relação de opressão. É importante apontar que
colonialismo
e
colonialidade
não são sinônimos: o primeiro
refere-se ao período histórico de presença e subjugação es-
trangeira (normalmente europeia) sobre outros territórios,
tais como América-latina, Ásia e África; já o segundo diz res-
peito à capacidade de introjeção de valores, culturas e for-
mas de dominação captadas pelos povos colonizados.
OBJETIVOS
O presente trabalho propõe-se à construção de um
breve panorama das produções acadêmicas recentes nos
nichos da teoria crítica pós-colonial e estudos subalternos,
além de apresentar as epistemologias decoloniais na Améri-
ca Latina que buscam superar as prescrições do “Norte” en-
quanto categoria geopolítica e cultural. Refletimos possíveis
enunciações das formas de subordinação colonial, a partir
das noções freirianas de “Cultura do silêncio”. Dessa forma,
1
Acadêmica de Pós-Graduação/Mestrado Interdisciplinar em Ciências Hu-
manas (UFFS), com bolsa CAPES/ FAPERGS. E-mail:
camilawolpato.l@gmail. com.2
Acadêmico de Pós-Graduação (Doutorado) em Letras da UNISC, com bolsa
da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CA-
PES). E-mail:
alan.dan.ricardo@gmail.com.