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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)

Sobre inexperiência democrática a análise do autor

ganha universalidade, ao ressaltar conceitos acoplados ao

diálogo, como a participação popular.

O País começava a encontrar-se consigo mes-

mo. Seu povo emerso iniciava as suas experiên-

cias de participação.

Tudo isto, porém, estava en-

volvido nos embates entre os velhos e novos temas.

A superação da inexperiência democrática por

uma nova experiência: a da participação,

está à

espera, ela que se iniciara, da superação também

do clima de irracionalidade que vive hoje o Brasil,

agravado pela situação internacional. Até onde esse

clima se supere sem ferir intensamente a linha que

o processo parecia revelar, e sem provocar, por isso

mesmo formas mais graves de regressão e também

de explosão maior, é cedo para afirmar-se. É pos-

sível que a intensa emocionalidade, que gerou os

irracionalismos sectários, possa provocar um novo

caminho dentro do processo, que o conduza para

uma menos rápida chegada a

formas mais autên-

ticas e humanas de vida,

para o homem brasileiro”

(Freire, 1967, p.90-1, grifos em negrito nossos).

Convenhamos, para nós que vivemos a decepção da

interrupção da sociedade de transição, parece que a cita-

ção se refere ao golpe de Estado de 2016. Isso mais do que

comprova que, na realidade concreta do país, 1964 e 2016

tiveram manifestações do Estado autoritário idênticas, pelo

menos para nós educadores.

É na última parte analítica da obra, denominada de

“Educação Versus Massificação” que o autor esboça os pri-

meiros contornos de “uma resposta no campo da peda-

gogia às condições da fase de transição brasileira” (Freire,

1967, p.92). A meta do autor era propor

“uma

educação crítica e criticizadora

. De uma

educação que tentasse a passagem da transiti-

vidade ingênua à transitividade crítica

, somente

como poderíamos, ampliando e alargando a ca-

pacidade de captar os desafios do tempo, colocar

o homem brasileiro em condições de resistir aos

poderes da emocionalidade da própria transição”

(Freire, 1967,p.93, grifos em negrito nossos).