XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
peito com as diferenças; a amorosidade anda de mãos da-
das com a ética para a libertação dos homens e mulheres.
A educação escolar indígena fundada na amorosidade, no
amor, na fé, no amor à natureza, na fé dos homens e mulhe-
res em busca da libertação destes sujeitos sociais.
A
esperança
se faz necessária para que a desesperan-
ça não vença a luta pela dignidade humana. Segundo Freire
(1992, p. 10), a esperança é necessidade ontológica; a deses-
perança, esperança que, perdendo o endereço se torna dis-
torção da necessidade ontológica. A esperança freireana se
faz necessária para a educação escolar indígena, onde junto
com a ética e com o amor, a partir do diálogo, os homens e
mulheres lutem por uma sociedade mais solidária.
Uma das tarefas dos educadores e educadoras pro-
gressistas é desvelar os obstáculos para a esperança. Uma
esperança que luta contra os abusos, as injustiças e que
defende a tolerância com os diferentes, à convivência com
o outro, para uma vida melhor para todos e todas. A for-
mação intercultural pressupõe uma atitude de estar junto,
o diálogo com o outro, a convivência, o conhecimento do
solo onde vive o outro, sempre é interculturalidade. Onde a
solidariedade é um princípio de convivência, a alteridade, o
respeito com a natureza, preservando-a.
A educação indígena está encharcada de sentimentos,
de poesia com saberes diferentes, que tem para compar-
tilhar, numa relação dialógica, onde ninguém sabe tudo,
ninguém ignora tudo, mas existem saberes diferentes, uma
sabedoria milenar que passa de geração para geração.
Segundo Zitkoski, Schinelo e Chamorro (2010, p. 37),
Freire explicita a necessária coerência entre teoria e prática
e os fundamentos da verdadeira dialogicidade que devem
fundamentar todo e qualquer projeto de Educação Popular
que pretende afirmar-se de modo progressita-emancipató-
rio. Podemos dizer que o pensamento pedagógico freireano
é provocativo e instigante, porque está sempre em movi-
mento, aberto às diferenças culturais e aos novos desafios
diante das realidades sociais. Torna-se, então, fundamental,