XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
ção para a libertação dos povos indígenas. Raúl Fornet-Be-
tancourt (apud VAZ E SILVA, 2009) entendia que [...] a filosofia
intercultural, propõe, exatamente, refazer a história da vazão
desde a releitura dos processos e das práticas contextuais
porque entende que são nesses lugares onde se vão crista-
lizando os modos em que o gênero humano aprende a dar
razão de sua situação em um universo concreto, e ao racioci-
nar, com as razões dos outros sobre a humanidade de todos.
Sendo assim, a interculturalidade é como um processo
real da vida, uma tomada de posição ética a favor da convi-
vência com as diferenças e enriquecimento mútuo, processo
de transformação cultural para por as culturas em diálogo.
Pensadores latino-americanos, como Fornet-Betancourt e
Paulo Freire, afirmam que é apenas através do diálogo entre
os povos, as pessoas que há a interação, que há a concreti-
zação da interculturalidade como um caminho de esperan-
ça. O diálogo intercultural vem para dar um novo horizonte
para a educação na América Latina.
Para que se torne possível a emancipação social dos
povos indígenas é preciso uma educação libertadora basea-
da nos princípios de autonomia, liberdade, amorosidade e
diálogo dos diferentes saberes.
Na educação indígena o diálogo intercultural, se dá
na autonomia dos povos indígenas, quando eles são os
atores da educação, da práxis, onde existe o respeito pela
identidade.
Paulo Freire, educador brasileiro, na sua obra “Peda-
gogia do Oprimido” (1987), propõe o diálogo – como essên-
cia da educação como prática da liberdade.
Ele assume uma posição comprometida com a rea-
lização de um humanismo libertador dialógico, criativo e,
acima de tudo, ético, que somente poderá ser construído a
partir de uma síntese integradora da multiplicidade dos po-
vos em suas existencialidades concretas presentes em nosso
mundo. Essa síntese em diferentes culturas, racionalidades,
processos históricos e forma de vida que convivem com um
mundo cada vez mais globalizado e complexo.