XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
tercultural que queremos, y debemos, contruir, es
precisamente superar lo aprendido el la educación
de la cultura hegemónica para aprender de nue-
vo em y con la gente, es decir, trabajando con la
gente, compartiendo sus miedos y preocupaciones,
asimismo sus esperanzas y sus muchas iniciativas
en favor de una vida digna, justa y, por tanto de
convivencia. (FORNET-BETANCOURT, 2004, p. 85)
O diálogo intercultural propõe uma atitude ética, so-
lidária e comprometida com a libertação da humanidade. A
educação indígena está baseada nos princípios da intercul-
turalidade e da solidariedade, assegurando manifestações
culturais, relações mediadas pelo outro e pela cultura. A in-
terculturalidade é uma ética, onde se estabelece um diálo-
go com o outro. O outro tem algo a me dizer, parte-se de
histórias e memórias diferentes; o pensamento passa a ser
situado, partindo do tempo e espaço de quem fala.
O diálogo intercultural exige respeito por todas as
culturas, pressupõe a alteridade – encontrar o outro – com
base no respeito e solidariedade. O diálogo intercultural
opta pelo enriquecimento mútuo, pelo respeito ao dife-
rente, pela transformação cultural. Na educação indígena
o diálogo intercultural, se dá na autonomia dos povos in-
dígenas, quando eles são os atores da educação, da práxis,
onde existe o respeito pela identidade do seu povo. Mas
de que modo os diálogos interculturais tornam-se uma
práxis libertadora?
Segundo Menezes, (apud Costa e Machado, 2014, p.
287) é preciso outro para que possamos pensar comprome-
tidos com a mudança, e será no diálogo que o pensamento
reaprende a pensar. Há, portanto, um processo pedagógico,
ético, revolucionário, político e amoroso em relação ao pen-
sar e seu compromisso com as questões do nosso tempo,
em que o tempo é sempre outro como nos diz Levinas. E
é nesse sentido que queremos pensar a interculturalidade
como uma práxis que é libertadora.
Para o desenvolvimento desta reflexão trago três prin-
cípios que são fundamentais: ética, amorosidade e esperança.