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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)

pe interdisciplinar de professores de filosofia, de música, de

letras, de artes, estudantes da graduação e pós-graduação.

Todos com postura interdisciplinar freireana, onde o diálogo

é a base conceitual da educação.

Ouvir o cacique guarani Santiago, falando que “o fu-

turo da educação indígena são os velhos”, em um encontro

de formação de professores (as) guarani, a importância da

oralidade e da ancestralidade na educação indígena. Ouvir

o mestrando do PPGEdu/UFRGS - Dorvalino, liderança kain-

gang, em relato feito no dia 10 de maio de 2017 – no en-

contro de professores kaingang com orientadora Vera Lúcia

Kaninnka, em São Leopoldo, na Escola indígena Por Fi Ga

- quando afirma que “a escola tem a cara do branco, tem

que ter a cara do índio, tem que pegar a filosofia kaingang

e fazer uma proposta pedagógica indígena”. Ouvir a palavra

do professor(a) indígena significa uma escuta sensível, com

respeito à cultura do seus povos, com uma postura ética

de diálogo intercultural, onde o conhecimento, a cultura, a

história, a cosmologia indígena é ciência, um saber científico

diferente do povo não indígena.

Dorvalino também discursou sobre “criar propostas

curriculares mais diferenciadas, fortalecer e resgatar nossa

identidade, Saberes que estão envolvidos diretamente com

a Comunidade”. A ação Saberes Indígenas na Escola tem

como finalidade fortalecer o protagonismo indígena, a partir

dos encontros de formação realizados durante a pesquisa,

para que o sonho de uma escola diferenciada se torne reali-

dade. A educação indígena que está além da própria escola,

segue as trilhas dos antepassados e tem o bem viver como

base estrutural.

A ação Saberes Indígenas na Escola deve ser um lugar

de formação onde o professor (a) indígena tenha a liberda-

de de dizer a sua palavra, na sua língua materna. Segundo a

pesquisadora kaingang, Dona Iracema – em relato feito no

Encontro de formação de orientadores indígenas kaingang,

em 20 de fevereiro de 2017, na Casa dos Capuchinhos, onde

estiveram presentes professores (as), pesquisadores indíge-