1202
EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
a relação da Educação Popular com a Educação Indígena,
uma vez que, a Educação Popular tem revelado – desde a
origem – seu compromisso ético com os oprimidos ou com
as vítimas de todos os processos de opressão social. . Sa-
bemos que quando pensamos educação indígena estamos
falando de algo que não perássa a escola, que se dá em di-
ferentes espaços da comunidade. Contudo quando a escola
chega nas comunidades indígenas, estes passam a lidar com
formas de construção de conhecimento, com saberes, com a
institucionalização das relações e conhecimentos através de
uma lógica que é muito distante da lógica das comunidades
indígenas. O desafio então para estes professores indígenas
é como transformar esta escola em um espaço que dialogue
com suas memorias, com a forma como as comunidades
vivem, com seus tempos. Neste sentido o ensinamento de
Freire pode contribuir muito para pensar esta escola sonha-
da, porque a escola freiriana é uma escola profundamente
em diálogo com a comunidade, com a cultura, com os sujei-
tos que dele fazem parte.
Os povos indígenas partilham sua cultura, dança, mú-
sica, cosmologia (o seu modo de viver), o respeito com a
natureza, para assim espalhar o bem viver indígena para os
outros povos. Esta relação profunda, em que o indígena é a
própria natureza, nos permite inclusive outra compreensão
de humanidade.
Conhecer para respeitar os povos indígenas é um ato
político e ético. Os homens e as mulheres em busca de se-
rem mais humanos, mais solidários, mais felizes. Uma luta de
libertação coletiva e solidária.
De acordo com Redin, Streck e Zitkoski (2008, p. 123),
não é possível uma ação pedagógica humanista libertadora
sem a decência ético-profissional alicerçada no diálogo, no
espírito democrático, na aceitação da diversidade cultural,
na amorosidade, na humanidade e no respeito à alteridade
do educando (a) “não é possível educar sem amar o outro
e respeitá-lo como pessoa singular, como sujeito capaz de
fazer a sua própria história. Respeitar o povo indígena kain-