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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

a relação da Educação Popular com a Educação Indígena,

uma vez que, a Educação Popular tem revelado – desde a

origem – seu compromisso ético com os oprimidos ou com

as vítimas de todos os processos de opressão social. . Sa-

bemos que quando pensamos educação indígena estamos

falando de algo que não perássa a escola, que se dá em di-

ferentes espaços da comunidade. Contudo quando a escola

chega nas comunidades indígenas, estes passam a lidar com

formas de construção de conhecimento, com saberes, com a

institucionalização das relações e conhecimentos através de

uma lógica que é muito distante da lógica das comunidades

indígenas. O desafio então para estes professores indígenas

é como transformar esta escola em um espaço que dialogue

com suas memorias, com a forma como as comunidades

vivem, com seus tempos. Neste sentido o ensinamento de

Freire pode contribuir muito para pensar esta escola sonha-

da, porque a escola freiriana é uma escola profundamente

em diálogo com a comunidade, com a cultura, com os sujei-

tos que dele fazem parte.

Os povos indígenas partilham sua cultura, dança, mú-

sica, cosmologia (o seu modo de viver), o respeito com a

natureza, para assim espalhar o bem viver indígena para os

outros povos. Esta relação profunda, em que o indígena é a

própria natureza, nos permite inclusive outra compreensão

de humanidade.

Conhecer para respeitar os povos indígenas é um ato

político e ético. Os homens e as mulheres em busca de se-

rem mais humanos, mais solidários, mais felizes. Uma luta de

libertação coletiva e solidária.

De acordo com Redin, Streck e Zitkoski (2008, p. 123),

não é possível uma ação pedagógica humanista libertadora

sem a decência ético-profissional alicerçada no diálogo, no

espírito democrático, na aceitação da diversidade cultural,

na amorosidade, na humanidade e no respeito à alteridade

do educando (a) “não é possível educar sem amar o outro

e respeitá-lo como pessoa singular, como sujeito capaz de

fazer a sua própria história. Respeitar o povo indígena kain-