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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)

las que aderem a essa proposta. Sabemos também que não

basta a

boa vontade

desses docentes, é preciso saber por

onde começa o caminho a ser trilhado, pois esse professor

tem a missão de não apenas estar inserido enquanto pes-

quisador, mas como professor-orientador de projetos com

seus estudantes.

Dessa forma, trazemos como questão principal ao

nosso trabalho: Como os professores de escola pública po-

dem organizar uma feira de ciências de forma a promover a

pesquisa não apenas aos estudantes, mas também ao grupo

que a organiza?

O objetivo do nosso estudo é analisar uma proposta

de feira de ciências que se propõe à iniciação científica aos

estudantes, e também a formação de um grupo de profes-

sores que reflita e produza conhecimentos sobre sua prática.

REFERENCIAL TEÓRICO

Desenvolvendo a curiosidade epistemológica

A obra de Paulo Freire é um rico referencial teórico-prá-

tico aos educadores que desejam efetivar a pesquisa em sala

de aula. Criador de um método de alfabetização que concebe

o educador como investigador (FREIRE, 1967), sua concepção

de educação está diretamente relacionada à pesquisa.

A curiosidade é um elemento fundamental para com-

preender a relação entre educação e pesquisa. Paulo Freire

(1995) define curiosidade como “essa disposição do ser hu-

mano de espantar-se diante das pessoas, do que elas fazem,

dizem, parecem, diante dos fatos e fenômenos, da boniteza

e feiúra, esta incontida necessidade de compreender para

explicar, de buscar a razão de ser dos fatos” (p. 76). Sem a

curiosidade não existe ensino nem aprendizagem, pois é ela

que é a base para a construção do conhecimento. Ao dis-

correr sobre o assunto, Freire (1996) classifica a curiosidade

em duas categorias: a curiosidade ingênua, que é associada

ao saber do senso comum, e a curiosidade epistemológica,

associada ao conhecimento científico.