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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)

uma reação mais significativa para o enfrentamento das ten-

dências economicistas e despolitizadoras do ensino público,

especialmente com o atual Governo Temer, que assumiu o

direcionamento da política de Educação Básica para a sub-

missão aos interesses do mercado e a interferência direta

do chamado “Sistema S” nos sistemas municipais de ensino.

Cabe ressaltar um debate não muito recente, dos que

eram contrários à institucionalização da EP, nos anos 90 do

século passado e na primeira década deste século, no que o

sistema escolar em si possui um “caráter controlador” ine-

rente à ordem institucional da qual as escolas fazem parte, o

que limitaria e restringiria o trabalho formativo e politizador

da EP n o interior da estrutura do Estado. Todavia, três fatos

mudaram, em parte, o rumo da compreensão da resistên-

cia e dos temores com essas implicações, especialmente,

pela ida de Paulo Freire à Secretaria de Educação da cida-

de de São Paulo (1989-1991), pela vitória eleitoral de parti-

dos comprometidos com as causas sociais, que assumiram

propostas de implementação de práticas formativas da EP

no campo das políticas públicas, e o trabalho de indução

democrática do Ministério da Educação (MEC) no segundo

mandato do Governo Lula.

O projeto democrático-popular, segundo Dagnino

(2006), foi sendo consolidado pela institucionalização de

espaços públicos enquanto “momentos pedagógicos” de

construção coletiva de um verdadeiro movimento contra-

-hegemônico: tanto pela adoção de procedimentos da de-

mocracia participativa como pela luta em defesa dos Direi-

tos Sociais e promoção de melhorias das condições de vida

das classes populares. Uma “pedagogia da gestão demo-

crática” em diferentes administrações públicas, a qual evi-

denciou mudanças também em termos de atitudes, valores,

comportamentos, mentalidade e procedimentos, tanto aos

que estão inseridos no interior dos aparelhos estatais quan-

to aos que atuam na sociedade civil.

As mudanças também acentuaram o resgate desses

espaços para o desenvolvimento de atividades formativas