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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

ma Educação Municipal do consórcio público da Serra Cata-

rinense (CISAMA), participei de trabalhos de assessoria em

redes e sistemas de ensino públicos de municípios catarinen-

ses. O trabalho tem sido desenvolvido a partir da discussão e

do aprofundamento dos pressupostos políticos e filosóficos

de metodologias participativas e das possibilidades surgidas

com as chamadas “determinações democráticas” da legisla-

ção educacional nacional. A legislação vigente também pos-

sibilitou a elaboração coletiva de normas da gestão democrá-

tica dos sistemas de ensino e a participação dos profissionais

da educação e de representantes da comunidades escolares

em conselhos escolares ou equivalentes, conforme os artigos

12 e 14 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDB) (BRASIL, 2014a), bem como a obrigatoriedade de ela-

borar coletivamente a Lei da Gestão Democrática e o Plano

Municipal de Educação, segundo o que determinou o Plano

Nacional de Educação (II PNE) (BRASIL, 2014b).

As ações de assessoria, nesses trabalhos, foram dire-

cionadas para consolidar institucionalidades democráticas

e contribuir para a constituição de sujeitos comprometidos

com a “democratização da democracia” e corresponsáveis

pela construção coletiva de um projeto educacional nesses

municípios. Esses objetivos seguem a tradição inaugurada

pelo educador Paulo Freire frente à Secretaria Municipal de

Educação de São Paulo, com uma administração por cole-

giados, o trabalho coletivo, a representatividade e a parti-

cipação de membros da comunidade (FREIRE, 2001), e inú-

meras administrações do Partido dos Trabalhadores (PT),

que incorporaram princípios e estratégias da EP. Nesses

momentos, também se reafirmou a saída da EP da condição

de algo marginal à sociedade, restrita somente em atividade

de formação de sindicatos, igrejas, entidades e grupos de

caráter alternativo e popular, para a incorporação do fluxo

da “política institucionalizada” e da própria pedagogia, se-

gundo Streck (2006).

A “entrada” no espaço do Estado tem significado ris-

cos e possíveis perdas para a EP, ao mesmo tempo tem sido