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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como parte do movimento de sistematização de ex-

periências de EP na América Latina, este texto procurou

aprofundar alguns aspectos do debate sobre riscos, per-

das, conquistas e desafios no desenvolvimento de práticas

participativas que favoreceram o aprendizado de valores

democráticos pelos sujeitos sociais enquanto participan-

tes de espaços públicos construídos a partir de processos

coletivos formativos, nos quais foram conjugados os pro-

cedimentos da democracia participativa com a democracia

representativa, buscando a consolidação de processos de-

cisórios democráticos que reuniram as comunidades esco-

lares e os representantes dos governos municipais para a

definição de ações estratégicas que pudesse contribuir di-

retamente para a conquista de uma educação pública com

qualidade social.

Como bem afirmou o educador colombiano Mejía

(2003), na virada do século XX, iniciou-se um afastamento da

ideia de transformação social, mas surgiram uma multiplici-

dade de protestos plurais e descontínuos e inúmeras inova-

ções político-administrativas que não se centraram somente

em debates sobre a produção nem a luta de classes, mas

trouxeram novas alternativas para a vida cultural e política

de diferentes povos no mundo, como foram apresentadas e

debatidas nos fóruns sociais mundiais nos últimos dezesseis

anos, com implicações diretas para o campo dos Direitos

Sociais, que produziram novos e complexos desafios.

Os desafios estão relacionados, principalmente, ao

conflito político estrutural entre as imposições do atual

Governo federal neoliberal e dos agentes da globalização

hegemônica - agências multilaterais e governos de Estados

hegemônicos -, defensores de uma gestão empresariada

para a Educação Básica, com a subordinação ao mercado,

em contraposição aos objetivos e às demandas dos setores

progressistas e das comunidades escolares em geral.

Em relação às possibilidades de construção coletiva de

instrumentos de gestão de políticas públicas educacionais,