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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT3: GÊNERO, RAÇA E TRABALHO
ta-se de uma revisão de literatura narrativa, cujos
dados foram coletados em artigos que abordam
a temática, disponíveis nas plataformas científi-
cas.
Resultados e discussão:
Gênero e raça são
eixos que estruturam a raiz da desigualdade so-
cial no Brasil que, por sua vez, implica na reprodu-
ção e perpetuação das condições de pobreza e
exclusão social. Dessa forma, enfrentar essas de-
sigualdades significa tratar de uma característica
estrutural que constitui a sociedade brasileira. A
transformação de tal estrutura é imprescindível
para que seja possível superar as desigualdades
na inserção no mercado de trabalho existentes
atualmente. Dados precisos e sistemáticos acer-
ca dos indicadores de desigualdade social são
condição significativa para a criação e efetiva-
ção de políticas públicas que alterem esse pano-
rama social. A literatura acerca da temática nos
permite o entendimento de que a participação
das mulheres no mercado de trabalho brasileiro
continua aumentando, mas ainda está assinala-
da por uma grande diferenciação quando com-
parada à participação dos homens. As mulheres
mais pobres e menos escolarizadas ainda pos-
suem uma participação muito inferior no merca-
do de trabalho, em relação à participação de
mulheres com maior nível de escolarização. Tal
fato indica a existência de diferenças entre as
atividades ocupacionais desempenhadas pelas
mulheres, e seus rendimentos, além da dificulda-
de de inserção de mulheres mais vulneráveis no
mercado de trabalho. Observam-se ainda, di-
ferenças importantes por gênero e raça. Ainda
que possamos evidenciar alguns avanços sociais
quanto aos aspectos laborais no Brasil, e que esses
avanços tenham beneficiado homens, mulheres,