Table of Contents Table of Contents
Previous Page  993 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 993 / 2428 Next Page
Page Background

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

993

EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)

gotti, M. Pernambuco, R. Feitosa, todavia, é importante que

essa discussão seja suscitada para que encontremos meios

de superar as problemáticas maiores do EC e que possamos

vislumbrar um ensino de ciências crítico emancipatório.

Partindo desta óptica é que surge a principal reflexão

a qual se objetiva este relato de pesquisa, quais as contri-

buições da Pedagogia Freireana para o Ensino de Ciências

numa perspectiva crítico emancipatória?!

Como um excerto de uma pesquisa ainda em anda-

mento, neste texto será discutido a categoria diálogo de

Paulo Freire e sua relação com o EC.

O DIÁLOGO

A pedagogia freireana é reconhecida mundialmente

pela valorização do diálogo, podemos encontrar em diver-

sos lugares como Pedagogia do Diálogo.

O Capítulo 3 da “Pedagogia do Oprimido”, bem como

“Extensão ou Comunicação” são obras basilares para realizar

a discussão sobre a categoria diálogo. Nestas obras Frei-

re elucida que “o diálogo é o encontro amoroso dos ho-

mens que mediatizados pelo mundo, o pronunciam, isto é,

o transformam, e transformando-o, o humanizam para a hu-

manização de todos” (FREIRE, p. 51, 2015b).

É através do diálogo que o mundo é pronunciado,

sendo capaz de realizar uma transformação da realidade.

O diálogo tem papel indispensável no processo de ensino-

-aprendizagem, pois não pode ser entendido como um ato

de depositar ideias de um sujeito no outro e nem muito me-

nos uma apenas simples troca de ideias, mas uma ação feita

por sujeitos que estão dispostos a falar e ouvir a palavra um

do outro, desta maneira, se estabelece na relação educador-

-educando e educando-educador, superando a ideia binária

de educador e educando, no qual o primeiro será sempre o

que sabe e o segundo, o que não sabe (FREIRE, 2015a).

Compreende-se que pode parecer difícil uma prática

dialógica, Paulo Freire inclusive cita que para muitos, desen-

volver uma prática pedagógica dialógica é compreendida