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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
qual, os fenômenos nem sempre se apresentam como eles
são, dever-se-ia então pesquisar a essência oculta. A idéia
de que os fenômenos nem sempre são o que parecem, já foi
teorizada por KarelKosik (1986).
Para o autor KarelKosik (1986), em
A dialética do
concreto,
denomina este fenômeno como pseudo-
concreticidade, fenômeno que mostra parcialmente
a realidade, escondendo nela, uma essência a ser
desvendada, portanto “[...] pesquisar o fenômeno
é desvendar a essência oculta”(KOSIK, 2002,
apud
SILVA; 2005 p. 103).
O conceito de pseudoconcreticidade é válido ao caso,
e para tal afirma-se através da seguinte argumentação;
uma vez que, se a natureza se apresentasse tal como ela
é não seria necessária a ciência como forma de desvendar
aos olhos do homem os fenômenos que dela fazem parte,
ou seja, não haveria a necessidade do conhecimento cien-
tífico, e obviamente isso é uma inverdade histórica, porque
negaria toda a tradição da construção do conhecimento
até os nossos dias. Então ancora-se no conceito de pseu-
doconcreticidade e pergunta-se qual seria o real papel da
escola senão o da aprendizagem? Seria o oposto, o da “não
aprendizagem”?
Contudo, os alunos do Ensino Médio são submetidos
a uma maratona de conteúdos que na maioria das vezes
exercitam e avaliam majoritariamente a capacidade de me-
morização e pouco desenvolvem o pensamento criativo,
crítico e reflexivo. Eles têm na grade curricular do primeiro
e segundo anos, em cada um deles, quatorze matérias, e
quinze no terceiro ano.
Dangeville(2011, p. 123)faz as seguintes críticas sobre
esse sistema de ensino:
A escola burguesa é um molde que prepara a fá-
brica e os escritórios um instituto de treinar para
a prisão assalariada: “a criança está limitada a um
único trabalho que é estudar, empalidecer com os
rudimentos da gramática, de manhã e de tarde, du-
rante10 ou 11 meses por ano. Poderá ela deixar de