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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
temas de ensino promoverão a valorização dos profissionais
da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos
estatutos e dos planos de carreira do magistério público”.
Mas sabemos que no atual contexto a profissão docente
está desvalorizada e tal modo que a lei está estranha a essa
proposição. A Educação Popular nessa lei não está mencio-
nada, embora algum dos princípios esteja coerente com
aquilo que defendemos como tal: democracia, participação,
igualdade, desenvolvimento integral, etc.
Sabendo que as instituições por si só não são neutras
ante a realidade social em que estão inseridas, voltamos na
questão acima. A formação profissional não crítica e con-
teúdista é uma opção e está a favor de um projeto de socie-
dade. Essa opção é influenciada por autores, metodologias
e projetos articulados entre si. Da mesma forma a escolha
pela Educação Popular é política e esse caminho influência
e é influenciada por concepções de mundo, de sujeitos, de
educação, de currículo, de metodologias e de formação.
Ser educador exige competência, ousadia, formação,
amorosidade e todos aqueles saberes que Freire apresenta
em Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prá-
tica docente ( 1996) . Conforme Paulo Freire uma institui-
ção de ensino comprometida com uma educação crítica
e democrática tem por função formar educadores(as) que
com seus saberes profissionais possam contribuir para
o processo de libertação dos sujeitos. Nesse contexto, a
Educação Popular trabalha com projeto a favor da ética da
vida, da presença comprometida das pessoas no mundo,
se vendo e se compreendendo como sujeito inacabado e
incompleto, e não sendo pronto pode e deve educar para
transformar. Diante dessa definição, Educação Popular no
processo de formação de educadores (as) críticos pressu-
põe uma Pedagogia da Libertação cujo projeto tem como
horizonte a formação humana e entende o tempo de cons-
truir processos formativos como possibilidades e não de
determinismos.
Vivemos numa época de muitas mudanças, a ques-