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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
concreto reconhecer que as necessidades são diferentes exi-
gindo sim, uma educação transformadora, mais justa e igua-
litária que garanta que estas diferenças não se transformem
em desvantagens frente ao processo de ensinar e aprender.
Acreditamos que a pesquisa pode oportunizar o pen-
samento reflexivo acerca dos sujeitos a partir de seus luga-
res, ou seja, de seus grupos étnicos, do seu gênero, da sua
condição econômica, política e social. Não é no silêncio que
os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-
-reflexão (Freire,1987, p. 44). Pensar os sujeitos em relações
diferentes possibilita reconhecer que suas necessidades são
diferentes e que uma educação equitativa passa pela garan-
tia que estas diferenças não se transformem em desvanta-
gens frente ao aprender.
Assim está pesquisa traz uma dimensão social, capaz
de favorecer na sua proposição, no coletivo da escola, que
se criem instrumentos que oportunizem a permanência das
estudantes negras na EJA. Assim como aprender com estas
mulheres quais suas necessidades e onde se dá o limite en-
tre estar ou romper com a escola.
REFERÊNCIAS
ADICHIE, Chimamanda Ngozi.
Sejamos todos feministas
.
São Paulo. Companhia das Letras, 2014.
DAVIS, Angela.
Mulheres, raça e classe
. Tradução de Heci
Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.
FREIRE, Paulo. P
edagogia da autonomia
: saberes neces-
sários à prática educativa. 55. ed. Rio de Janeiro; São
Paulo: Paz e Terra, 2017.
FREIRE, Paulo.
Pedagogia da indignação
: cartas pedagógi-
cas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
FREIRE, Paulo.
Pedagogia do oprimido
, 17. ed. Rio de Ja-
neiro: Paz e Terra, 1987.
HOOKS, Bel.
Ensinando a transgredir
: a educação como prá-
tica da liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla.
São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013.