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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO:

RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS

Esta “cultura do silêncio”, gerada nas condições ob-

jetivas de uma realidade opressora, não somente

condiciona a forma de estar sendo dos campone-

ses enquanto se acha vigente a infraestrutura que

a cria, mas continua condicionando-os, por largo

tempo, ainda quando sua infraestrutura tenha sido

modificada. (FREIRE, 1979, p.33).

Sob este e, os sujeitos, em uma relação intersubjetiva,

desenvolvem estratégias a fim de, não apenas, acessar o co-

nhecimento historicamente sistematizado e construído, mas

criticamente analisá-lo. E, além disso, considerar sua própria

produção de conhecimento, valorar seu saber, re-conhecer

seu ser empodeirando-se nesta ação:

Finalmente, a ação cultural como entendemos não

pode, de um lado, sobrepor-se à visão do mundo

dos camponeses e invadi-los culturalmente; de ou-

tro

adaptar-se

a

ela. Pelo

contrário,

a

tarefa que

ela

coloca ao educador é a de, partindo daquela visão,

tomada como problema, exercer, com os campo-

neses, uma volta crítica sobre ela, de que resulte

sua inserção, cada vez mais lúcida, na realidade em

transformação. (FREIRE, 1979, p36).

Ação cultural convergente de educadores, estudantes,

campesinos conscientes em direção a descolonizar seus se-

res, constituir e valorar seus conhecimentos empodeirando-

-se neste processo.

PALAVRAS FINAIS

Como aponta Danilo Streck (2010), Freire representa um

referencial importante para o pensamento constitutivo uma

pedagogia sul-americana. Raiz profunda, tronco forte que

sustenta copas frondosas com folhas e frutos abundantes.

Entrelaçados ecoam as vozes de uma cultura historicamente

silenciada. Anúncio de práticas educativas transformadoras.

Este texto procurou demonstrar como o pensamento

de Paulo Freire, expresso em Ação Cultural Como Prática da

Liberdade, pode contribuir para uma perspectiva descolo-

nizante dos currículos na educação do campo. Por meio de

uma pedagogia problematizadora convergente com o re-