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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO:

RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS

EDUCAÇÃO DO CAMPO E O MST

O movimento que se destaca pela busca da educa-

ção no campo é o MST, ele ultrapassa o conceito de apenas

um movimento social. Ele busca a formação de “novos seres

humanos” que faz parte do movimento, uma busca coletiva

na formação de seu individuo, onde propõem “a reflexão e

elaboração teórica de princípios político-pedagógicos arti-

culados às práticas educativas desenvolvidas no interior das

lutas sociais levadas a efeito pelos povos do campo” (SA-

VIANI, 2008, p.172). O MST tem sua consolidação em 1984,

e promove a luta social contra o latifúndio pela efetivação

da política agrária e entre outras demandas. Sendo de uma

forma autônoma, mas sem deixar de cobrar do estado os

direitos sociais (COSTA e TIBOLA, 2013).

Devida à alta taxa de analfabetismo nos assentamen-

tos, o MST busca lutar pela educação de suas crianças, jo-

vens e adultos. Segundo BRANFORD e ROCHA:

Da mesma forma que agiam para conquistar suas

terras, os sem-terra começaram a mobilizar-se para

exigir escola (...). Muitos sem-terra passaram a acre-

ditar que era tão importante vencer obstáculos para

obtenção de serviços como educação quanto a der-

rubar as cercas que os mantinham fora das terras.

(BRANFORD e ROCHA, 2002, p.159).

A partir de algumas reuniões entre os integrantes do

movimento, eles passam a ter outra visão sobre educação. Em

meados da década de 1990, o MST na década de 1990, a edu-

cação do MST passa a ter uma redefinição que acompanha o

movimento. Ou seja, o movimento passa a ter um diálogo e

convênios com universidades, entidades jurídicas que, como

consequência, contribuíram para consolidação das políticas

públicas educacionais do campo. Segundo ARROYO (1999) “é

preciso analisar que, no interior da organização do MST (...)

sua história, é possível observar as ações em torno da educa-

ção que o movimento social se propõe a fazer”.

Segundo ARROYO, CALDART e MOLINA (2011, p. 92)

“podemos afirmar hoje que o MST incorporou a escola em