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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO:

RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS

tam garantir a sobrevivência deste trabalho” (p.25). Debater

Educação do Campo é refletir sobre a realidade muitas ve-

zes esquecida nas escolas em geral. É uma reflexão necessá-

ria sobre a educação, sobre os conteúdos e identidade, dos

que frequentam a escola tanto urbana quanto do campo. É

não oprimir o educando e o professor, que segundo Freire

(1987, p. 33 e 34) “a falsa caridade, da qual decorre a mão

estendida do “demitido da vida”, medroso e inseguro, es-

magado e vencido”. Mão estendida e trêmula dos esfarra-

pados do mundo, dos “condenados da terra”.

A IMPORTÂNCIA DA PEDAGOGIA DO MOVIMENTO

SEM TERRA

Olhar para a formação humana “é enxergar o MST

como sujeito pedagógico, uma coletividade em movimen-

to, que é educativa e que atua intencionalmente no proces-

so de formação das pessoas que a constituem” (CALDART,

2012, p. 319). Nos últimos anos, o MST tem se dedicado ao

resgaste histórico, ao resgate da memória, da mística da luta

do povo, de uma simbologia na qual os identifique. Ou seja,

perceber o MST como sujeito pedagógico, significa trazer

duas dimensões importantes para reflexão da pedagogia.

A primeira dimensão são os personagens que entram

na reflexão pedagógica. O MST se constituiu como interlo-

cutor nas questões de educação em geral (CALDART, 2012,

p. 320). Esses novos sujeitos educativos, de alguma maneira,

compreendemos uma pedagogia do Movimento para o Mo-

vimento, ou seja, uma intencionalidade pedagógica sobre a

sua própria tarefa de fazer educação ou formação humana.

Outra dimensão, como diz Arroyo (1995, p. 3) a formação

dos sem-terra está pautada na pedagogia da produção de

sujeitos sociais. Isso significa que na lógica ação e reflexão,

o MST “insere na tradição da pedagogia que associa a edu-

cação com a formação de sujeitos sociais (personalidade e

coletividade combinadas)” (CALDART, 2012, p. 321). A partir

de um resgate histórico, processos políticos, econômicos e

socioculturais, o Movimento compõe sua dinâmica baseada