Table of Contents Table of Contents
Previous Page  452 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 452 / 2428 Next Page
Page Background

452

EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO: RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

em todas as escolas do município, destacando a importân-

cia do meio rural. Freire (1980) destaca:

(...) que o acercamento às massas populares se faça,

não para levar-lhes uma mensagem “salvadora”, em

forma de conteúdo a ser depositado, mas, para, em

diálogo com elas, conhecer não só a objetividade em

que estão, mas a consciência que tenham desta ob-

jetividade; os vários níveis de percepção de si mes-

mos e do mundo em que e com que estão (p. 86).

Portanto, o trabalho desenvolvido na escola valorizando

a cultura própria e sua realidade, contribuiu para preservação

da identidade, trazendo reflexões e reconhecimento do espaço

rural. De acordo com Bernardi, Pelinson e Santin (2014)

.

[...] Podemos inferir que a escola e os processos

educativos não devem ser construídos para os

campesinos, mas por eles e com eles; pensar uma

Educação do Campo significa ouvir e entender a

cultura, a dinâmica social e educativa dos diferen-

tes grupos que formam o povo do campo (p. 124).

Portanto a implantação da Educação de Campo na co-

munidade beneficiaria, articulando a cultura própria, dificul-

dades e superações dos sujeitos envolvidos no meio rural,

ou seja, “escolas com um projeto político pedagógico vincu-

lado às causas, aos desafios, aos sonhos, à história e à cultu-

ra do povo trabalhador do campo” (CALDART & CERIOLI &

FERNANDES, 2004. P.27). O estudo da Pedagogia do oprimi-

do, contribui para o diálogo e a politização da comunidade,

transformando a escola em um local de problematizações,

reflexões, no sentido de superação das dificuldades.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo realizado levou às pesquisadoras, reflexões

e problematizações das condições da educação na Granja

do Salso, identificando uma educação escolar fortemente

orientada para uma pedagogia urbana, para um currículo

pré-definido, para um calendário inadequado ao tempo da

comunidade, com atividades e projetos que não associam