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EIXO 3 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA, TECNOLÓGICA E SUPERIOR
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
Deste modo, o caderno, a caneta, o quadro, o pincel,
como tecnologias analógicas contribuem como elementos
utilizados nos contextos de ensino e de aprendizagem e
deste modo, se entrelaçam e se fazem presentes juntos aos
elementos considerados como tecnologias digitais como
o celular, o tablet, o notebook, e assim, desta forma, estu-
dantes e docentes universitários utilizam tais artefatos nos
espaços de convivência/aprendizagem sem que uma tecno-
logia possa anular a outra e, como resultado, supomos, o
engajamento, a colaboração, a participação e interação por
parte dos estudantes serão mais efetivos.
Promover o ensino e a aprendizagem a partir da cola-
boração e da cooperação pode contribuir para com o empo-
deramento, a autoria e autonomia não só dos docentes, mas
também dos próprios estudantes que se mostrarão mais en-
gajados para com os conteúdos programáticos que a eles são
apresentados sempre com base na relação epistemológica e
ontológica com a realidade, as experiências, os saberes e o
contexto em que estes docentes e discentes estão inseridos.
[...] o que caracteriza a atual revolução tecnológica
não é a centralidade de conhecimentos e informa-
ção, mas sim a aplicação destes na geração de no-
vos conhecimentos e de dispositivos de processa-
mento/comunicação da informação, criando-se um
ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação
e seu uso. De acordo com Castells (1999), as eli-
tes aprendem fazendo, e desta forma modificam as
aplicações da tecnologia, enquanto a maior parte
das pessoas aprende usando, limitando-se à tecno-
logia, tornando-se tecnologicamente dependente
(SCHLEMMER; LOPES; ADAMS, 2014, p. 20).
A tecnologia vista deste ângulo desvela a percepção
romantizada em torno do mito da tecnologia como resposta
à inclusão social de todas e todos a partir de uma socie-
dade globalizada. As ferramentas tecnológicas, com efeito,
transformaram nossa forma de perceber o mundo, de esta-
belecer relações conosco e com os outros e de organizar a
própria vida em sociedade.