XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 3 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA, TECNOLÓGICA E SUPERIOR
lógica do consumo e do acúmulo da riqueza. Cabe
à educação e aos educadores manifestarem o que
pretendem e a quais projetos de desenvolvimento
se associam. Do contrário, ficaremos todos reféns
dos apelos da novidade em detrimento das discus-
sões sobre os paradigmas de desenvolvimento –
das inteligências, das coletividades, da sustentabili-
dade, da ética e da cidadania (SCHLEMMER; LOPES;
ADAMS, 2014, p. 15).
Hoje, as tecnologias analógicas e digitais possuem
uma ambiência que exige determinado entrelaçamento. Es-
tas dimensões estão em situação de coexistir em espaços de
aprendizagens e o professor, neste contexto, precisa cons-
truir conhecimentos e saberes que o motivem, o desafiem
a elaborar, articular, aprimorar sua prática pedagógica de
modo que possa, constantemente, ter condições objetivas
de refaze (se) na sua prática:
As novas tecnologias da informação, por exemplo,
que hoje fazem parte de nosso domínio cognitivo
não devem ser entendidas como meros objetos,
tampouco como soluções para antigos problemas,
mas como focos de criação de novos problemas,
de novas relações com a informação, com o tempo,
com o espaço, consigo mesmo e com os outros. A
partir desse quadro, a relação entre as formas cons-
tituídas e o presente não é de rompimento ou de
descontinuidade, mas sim de coexistência. (KAS-
TRUP, 2015, p. 97).
Assim, as tecnologias digitais e analógicas inseridas no
cenário educacional podem funcionar como uma estratégia
de ensino e de aprendizagem para promover a motivação e
o engajamento dos estudantes em espaços de aprendiza-
gens que se caracterizam como espaços de convivência os
quais podem ser híbridos. Nestes espaços de aprendizagem
Schlemmer (2015, p. 40-41) explica que:
“o híbrido é aqui
compreendido quanto à natureza dos espaços (geográfico e
digital), quanto à presença (física e digital), quanto às tecno-
logias (analógicas e digitais) e quanto à cultura (pré-digital
e digital)”.