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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 2 – PAULO FREIRE:

MEMÓRIA,

REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO

captam o desafio como um problema em suas co-

nexões com outros, num plano de totalidade e não

como algo petrificado, a compreensão resultante

tende a tornar-se crescentemente crítica, por isto,

cada vez mais desalienada. (FREIRE, 2002, p. 97- 98).

Conforme Freire (2001, p. 31), “é bem verdade que a

industrialização vem promovendo a sua transformação de

espectador quase incomprometido em ‘participante’ ingê-

nuo, em grandes áreas da vida nacional”. A partir da vivência

do exílio, assumiu uma relação de diálogo (auto)crítico, que

implica na percepção do condicionamento histórico-socio-

lógico e ideológico, diante de uma prática pedagógica au-

toritária e opressora, contribuindo com a formação de ações

educativas justas e apropriadas do sentido da realidade. A

compreensão da educação como práxis social de dimensão

formativa é assim radicalizada: “o meu discurso em favor do

sonho, da utopia, da liberdade, da democracia é o discurso

de quem recusa a acomodação e não deixa morrer em si o

gosto de ser gente, que o fatalismo deteriora” (FREIRE, 2001,

p. 86).

Freire dedicou grande parte de sua vida ao reconheci-

mento da educação que desvela o mundo pelo diálogo, ques-

tiona e valoriza as diferenças em uma sociedade emancipada,

bem como no combate às formas de pedagogia bancária, ex-

cludentes, preconceituosas e elitistas. Suas reflexões tiveram

incidência na sociedade brasileira na época de transição para

a modernização, onde as disputas pelo poder político esta-

vam centradas em duas grandes forças: urbano-industrial e

agro-comercial. Estas foram as bases de 1955 a 1965 que pro-

punham uma ideologia da consciência nacional, sugerindo o

desenvolvimento do país. Paulo Freire expõe que é necessá-

rio aumentar o grau de atuação política do povo sobre as

questões que acontecem no âmbito social, enquanto sujeitos

voltados à construção emancipatória. Para isso, sugere como

potencial o círculo de cultura

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validado na palavra que circula

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“Os círculos de cultura foram criados por Freire (1987) no final da década

de 50 como uma forma de trabalhar o processo de aprender a partir da par-

ticipação do estudante como sujeito de sua cultura, detentor de um saber