2028
EIXO 12 – PAULO FREIRE E EDUCOMUNICAÇÃO
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
va de complementaridade, onde a educação possa usufruir,
de forma plena e dinâmica, as benéfices proporcionadas pela
tecnologia, mas não pode ser, em nenhum momento, substi-
tuída por ela. Nossa defesa por uma educação de qualidade
imprime em seu desenvolvimento uma cooresponsabilidade
entre todos os seus partícipes, do governo e suas políticas
públicas às instituições escolares de todos os níveis e moda-
lidades (da educação infantil à universidade), permeado por
todos os sujeitos, pelo uso consciente das tecnologias.
Não raro, incidimos em algum engano sobre a pos-
sível unidade entre educação e tecnologia, ao elencar, por
exemplo, prioridades tecnológicas em detrimento do papel
que tem a educação na vida e na profissão dos sujeitos. A
tecnologia é decorrente da educação: se não houver edu-
cação de qualidade tampouco haverá tecnologia adequada
e acessível à população. Desse modo, nem diabolizar, nem
divinizar inscreve-se nessa perspectiva de complementari-
dade, onde a educação possa cada vez mais dialogar com
o auxílio da tecnologia, tornando esta última adequada e
acessível a todos e todas, ou pelo menos à grande maioria
dos sujeitos que ainda encontram-se à margem dos proces-
sos e arranjos dela decorrentes.
EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS: UM DIÁLOGO POSSÍVEL
Os avanços científicos e tecnológicos são parte de cada
dia, e nos levam a mudanças radicais de comportamento so-
ciocultural, cujas posturas se diferem visivelmente em cada
uma das gerações contemporâneas. Diante desse devir, a
ciência se engrandece com tamanhas e importantes des-
cobertas, em todas as áreas do conhecimento humano. “A
ciência deve ser um conhecimento popular, continuamente
renovado, para que todos os esforços de divulgação frutifi-
quem. Cada princípio exposto e cada teoria proposta devem
ser divulgados para além da pequena área frequentemente
visada. Este é o verdadeiro valor da ciência, a importância
de sua expressão horizontal.” (KAUARK; MANHÃES; SOUZA,
2010, prefácio).