1872
EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
busca ir de encontro a um todo instituído, é um fenôme-
no que renova o
olhar
que lança para processos, relações e
pessoas de modo sempre perspectivo. Este caráter holístico
carece ser revisitado constantemente, ser (re) significado,
sendo isto uma (re) construção que nunca se fecha. As refle-
xões tecidas por Rezende (1990) evidenciam a impossibili-
dade de capturar o
sentido pleno
cartesiano:
univocidade em
detrimento da polissemia
. Assim, o conhecimento se encon-
tra, sobretudo, no reconhecimento de uma existência coti-
diana que carece de atenção e visibilidade; processo proble-
matizado por Berger e Luckmann (1996, p. 37) quando nos
dizem que:
O senso comum contém inumeráveis interpretações
pré-científicas e quase-científicas sobre a realida-
de cotidiana, que admite como certas. Se quiser-
mos descrever a realidade do senso comum temos
de nos referir a estas interpretações, assim como
temos de levar em conta seu caráter de situação
indubitável [...]. Uma análise fenomenológica deta-
lhada descobriria as várias camadas da experiência
e as diferentes estruturas de significação implicadas
[...] O que nos interessa aqui é o caráter intencional
comum de toda consciência.
Acreditamos que as vivências cotidianas são pre-
nhes de desafios e possibilidades, nossos diálogos chamam
a atenção para esta realidade. Neste cenário, a estratégia
básica da Educação Popular em articulação com a Feno-
menologia existencial é promover e interagir com diversas
mediações/situações elementares ao
vivido,
articulando di-
mensões fundamentais que possam ser capazes de colabo-
rar com o fazer-
se Mais Gente
. Trata-se, neste sentido, de va-
lorizar experiências existencialmente localizadas que mobili-
zam dimensões ontológicas elementares à vida individual e
coletiva de bases solidárias.
São os conteúdos da vida que transcendem a lógica
instrumental institucionalizada no/pelo Sistema Capitalista
que fragmenta/mutila o existir em categorias sociais, polí-
ticas e econômicas eurocêntricas. Uma arquitetura classista,