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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
ficados os diplomados e não os diplomados, as-
sociando-se ao econômico um investimento no
capital escolar.
Para Bourdieu (1999), o aprimoramento teórico permi-
te ampliar as funções perante às “novas” conjunturas sociais
e culturais de educação, possibilitando que práticas escola-
res subjetivas de identidade dos sujeitos se integrem ao ca-
pital cultural. De acordo com o autor, a cultura escolar apre-
senta-se pelos currículos como prática cultural dominante,
distinguindo alunos, de forma a considerar a interação com
maior facilidade à classe dominante. Já o aluno com menor
capital cultural, de origem de classe popular, apresenta pou-
cos
habitus
. No entanto, Bourdieu (1999) considera que a
escola não trata os alunos como desiguais e que seu sucesso
depende do mérito de suas capacidades e habilidades em
realizar as tarefas. Dessa forma, assegura o autor que a es-
cola parte do pressuposto de todos serem iguais em direitos
e deveres, sendo ela a reprodutora das ordens sociais.
Consequentemente, ele considera que a escola de-
veria propiciar aos alunos costumes e condições, tanto aos
filhos da classe dominante quanto os filhos oriundos de ou-
tras classes. Para o autor, o conceito de
habitus
apresen-
ta-se como apropriado às subjetivas que desencadeiam os
objetivos. Essas, encontradas em nosso universo social, nos
permitem o debate entre pensamentos diferentes.
Arendt (2002) fala sobre o que é política. A autora traz
reflexões acerca da política e aponta entendimento sobre o
tema na década de 50 e de seu modo em dias atuais, que
podemos estabelecer afinidades. Apresenta suas colocações
sobre o que é política e qual sua diferença e se essa faz di-
ferença na vida do sujeito.
A política baseia-se na pluralidade dos homens, uma
vez que Deus criou o homem, e este é produto da natureza
humana. Filosoficamente, não encontraram nenhuma res-
posta válida à política, visto que ela jamais atinge a mesma
profundidade – a falta da profundidade de pensamento não
revela outra coisa senão a sua própria ausência.