XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
1809
EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
Assim, o conceito é definido pelo autor como um con-
junto de propriedades, adquirido pelo sujeito, mesmo que
isso aconteça de forma inconsciente, perpassando desde a
linguagem aos comportamentos, o reconhecimento deter-
mina-o. Dessa forma, o conceito tem como princípio opera-
dor a relação entre o objetivo e o subjetivo. Considerando o
habitus
socialmente estruturado, o qual permite ao sujeito a
transição entre determinados grupos pertencentes, ligando-
-a ao conceito de capo.
Em amplitude, o conceito de
habitus
dialoga com o
conceito de campo. Esse se define como origem do conhe-
cimento por meio da teoria que ele desenvolveu. Sua con-
cepção apresenta as relações sociais em diferentes espaços,
os quais consomem e produzem, desde literatura, religião,
política etc., nas suas propriedades específicas, configuran-
do-se como realidade social. Na medida que ocorre o envol-
vimento com cada campo, acontece a produção simbólica
que se faz valer do
habitus
produzido, de acordo com a cul-
tura predominante.
Consequentemente, ao desenvolver o conceito de
habitus,
Bourdieu acrescenta o capital cultural, desenvolvido
de três formas:
• - no estado
incorporado:
designa-se pela acumu-
lação que exige determinado tempo com trabalho
pessoal do sujeito em cultivar, essa aquisição ne-
cessita de tempo livre e relaciona-se ao capital cul-
tural, econômico. Isto é, para adquirir o capital cul-
tural, o sujeito precisa dispor de capital financeiro,
assim o proporciona a relação com o objetivado.
• - no estado
objetivado:
relaciona-se a posse de
bens materiais, como livros, quadros etc. Para as-
sim, compreender sujeito e objeto, que fazem uso
do capital cultural institucionalizado.
• - no estado
institucionalizado:
relaciona-se ao re-
conhecimento institucional, conferido por meio
de títulos, diplomas e certificados. Sendo classi-