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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 2 – PAULO FREIRE:

MEMÓRIA,

REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO

tro das comunidades quilombolas estarão, de uma forma ou

de outra, ligada à terra. Como a agricultura retiram tudo o

que ela pode proporcionar, desde a subsistência alimentar, a

produção de artesanatos tradicionais, como os feitos em pa-

lha de milho, madeira ou cipó, produtos que contribuem para

a geração de renda das famílias quilombolas.

Uma das curiosidades das comunidades quilombolas é

o uso da medicina alternativa, como as chamadas “benzedu-

ras”, que juntamente com a medicina tradicional, previnem

diversas doenças oportunistas. A capoeira, a dança afro-bra-

sileira, percussão, pandeiro, atabaque, caxixi e confecção de

berimbaus e confecção de lanças afro, também estão en-

tre um dos interesses das comunidades quilombolas e que

também são instrumentos utilizados para a demonstração

de sua cultura.

Atualmente existem três religiões predominantes nas

comunidades quilombolas: o catolicismo, o evangelismo e o

candomblé. Algumas possuem apenas uma religião, porém,

o mais comum é que, numa mesma comunidade, predomi-

nem duas ou três religiões diferentes.

Assim, as comunidades quilombolas são uma expres-

são viva do nosso passado, de um passado que, não foi tão

célere, pois não há nada de louvável em escravizam pessoas,

elas fazem parte da nossa história. O que se pode avaliar é a

questão da preservação de um dos ícones culturais do país,

os quilombolas e suas descendências são parte do livro da

vida do Brasil e é necessário que sua memória, costume e

tradições sejam preservados.

DA SAÚDE DA POPULAÇÃO QUILOMBOLA

Fundamentado no art. 196 da Constituição Federal

que determina que a saúde, direito de todos e dever do Es-

tado, seja garantida mediante políticas que visem a redução

dos riscos à saúde e o acesso universal e igualitário às ações

e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde.

Buscou-se pensar um pouco mais sobre a saúde dos po-

vos tradicionais, pois, mesmo com a existência do Estatuto