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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

professor formador” (1996, p. 39). Esse é um exercício exi-

gente, que envolve humildade e ao mesmo tempo rigor.

Valorizar os saberes que chegam com estudante no

momento que esses adentram a escola, “os saberes da ex-

periência feito” (FREIRE, 2015), significa prestigiar esse es-

tudante por inteiro, com todas suas contradições, dúvidas,

certezas, saberes, desafios, incompletudes, curiosidades.

Mas, para isso é necessária uma desestabilização dos papeis

docentes, discentes e, quem sabe, da função educacional

escolar. A comunhão entre professor formador e educando

sinaliza um caminho de aproximação com o cotidiano esco-

lar, além do investimento na “compreensão estreita do que

é educação e do que é aprender” (FREIRE, 1996, p.44).

A ação se faz necessária, e para tal, o movimento do

conflito pode contribuir para que se pense de outro lugar.

A sala de aula, o espaço escolar que não aceita o conflito,

que o exclui e o ignora, não abre espaço para a evolução da

criticidade. Nesse sentido o papel do professor como aquele

que provoca, instiga, inquieta, questiona, escuta, entre tan-

tas outras ações se faz fundamental para que ambos evo-

luam crítica e epistemologicamente.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

A maratona pela tríade do conhecimento exige movi-

mentos, deslocamentos, ações e atitudes rumo a superação

da ingenuidade e a aproximação da conscientização.

Para que esse movimento que parte da curiosidade in-

gênua e transita para a crítica, com possíveis aproximações

com a curiosidade epistemológica aconteça no cotidiano

escolar, Freire sinaliza e importância da escuta, do respeito

ao saber do outro, da valorização da dúvida, da constante

busca, da exigente postura de pensar certo.

Enfim, os caminhos estão sinalizados e marcados por

uma educação diferenciada da bancária, ou seja, uma edu-

cação autêntica, problematizadora e libertária, consciente

do inacabamento, aberta para o permanente processo de

busca na maratona do conhecimento.