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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
de tal forma que coletivamente fizeram da escola um lugar
de esperança, onde desejavam estar.
A escola, no final da experiência passou a ser vista pe-
los estudantes como um lugar, não apenas de ensino, mas
um lugar onde tudo pode existir, vinculando viver-conhecer,
um lugar como nos aponta Freire (1992, p. 18) com espaço
para a “paixão, saudade, tristeza, esperança, desejo, sonhos
rasgados, mas não desfeitos, ofensas, saberes acumulados,
nas tramas inúmeras vividas, disponibilidade à vida, temo-
res, receios, dúvidas, vontade de viver e de amar. Esperança,
sobretudo”. Esperança como forma de acreditar no futuro,
de pensar que o “futuro não nos faz. Nós é que nos refaze-
mos na luta para fazê-lo” (FREIRE, 2000, p.56).
Assim, para compreender os resultados da pesquisa
e as mudanças nas coordenações de ações dos estudantes,
foram consideradas todas as vivências, narrativas, autonar-
rativas que foram se constituindo na coletividade, no percur-
so da experiência. Essas produções cognitivas e subjetivas,
no contexto escolar, em exercícios de autoria, contribuíram
com a produção de ações e reflexões que potencializaram
a capacidade de ler e escrever dos estudantes, assim como
também favoreceram transformações no currículo da esco-
la, ao inventarem caminhos próprios para a aprendizagem.
Como conseguimos isto? “Utilizando um método ativo de
educação, um método de diálogo – crítico e que convide à
crítica –, modificando o conteúdo dos programas de educa-
ção” (FREIRE, 2001, p. 28).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No Brasil, o movimento de Educação Popular foi uma
oportunidade para mobilização das massas contra a opres-
são social. Paulo Freire em seu livro
Conscientização: teoria
e prática da libertação (2001)
, nos presenteia com um texto
que aborda além de sua trajetória como educador crítico,
momentos de reflexão sobre consciência e linhas de ação
para superar a dominação imposta nas escolas das classes
populares, validadas nos currículos.