Table of Contents Table of Contents
Previous Page  1563 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 1563 / 2428 Next Page
Page Background

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

1563

EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

viver o mundo que viveram em sua educação”. E ainda que

“o ato de educar se constitui no processo em que o sujeito

convive com o outro e, ao conviver com o outro, transfor-

ma-se espontaneamente, de forma que seu viver se faz mais

congruente com o do outro no espaço de convivência” (MA-

TURANA 2009, p. 29), neste caso – a escola.

Nesse entendimento, a produção de saber emerge

nos encontros e nesses encontros os sujeitos se reinventam,

tecem juntos atos complexos em um devir histórico, e ter

sido convidada para orientar vivências de alfabetização com

estes estudantes considerados não alfabetizados foi algo

que me fortaleceu como uma educadora em devir. Foi uma

oportunidade de viver na coletividade a Pedagogia Freiriana

da Esperança, do Compromisso e da Autonomia.

Em cada novo encontro vivido nesta pesquisa, uma

citação ou um texto de Freire iniciava a nossa metodologia

nos círculos de cultura, em forma de conversas, nas tessitu-

ras de aprendizagens, de subjetivação em um processo de

conscientização e de liberdade. Liberdade de ser, de viver

e de produzir conhecimento em um percurso vinculado à

vida, tendo a conscientização como um método para viver-

-sentir este estar livre.

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Em meu longo percurso vivido na docência, nos estu-

dos e pesquisas na educação me faz pensar essa docência

e compreender que a aula que serve é aquela que acontece

na coletividade, no diálogo onde professor também é aluno

e aluno também é professor. Por isso foi muito significativo

a organização dessa experiência em um espaço coletivo de

aprendizagem, em rodas de conversas, que considero tam-

bém como “círculos de cultura” (Freire, 2001, p. 59), onde os

alunos convidados a existir, a participar, a conversar, pro-

duziram narrativas, narrativas de si, e, assim, foram se per-

cebendo autores do seu percurso de aprendizagem, da sua

vida, e, neste caminhar, construíram ações-reflexões capa-

zes de transformar a si e ao mundo/realidade onde vivem,