XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
CARTA PEDAGÓGICA SOBRE
O DIÁLOGO NA ESCOLA
Angelita Carla Alves Pereira
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Ana Lúcia Souza de Freitas
Aos meus colegas supervisores e professores do Sistema
Público de Ensino,
Escrevo esta Carta Pedagógica para convidar os meus
colegas supervisores e professores do Sistema Público de
Ensino para refletirmos sobre a importância do diálogo na
profissão docente e, especialmente, no trabalho pedagógi-
co da supervisão escolar. Proponho considerarmos a prática
da supervisão escolar a partir do tripé: diálogo, entendimen-
to e construção do conhecimento.
A partir do diálogo, iniciamos a descoberta de novas
possibilidades. Na relação supervisão e professor é impres-
cindível a prática dialógica para a reflexão e retomadas das
práticas pedagógicas. Para embasarmos nossa reflexão so-
bre o diálogo, com vistas à prática pedagógica na escola, te-
remos por referência o fundamento teórico de Paulo Freire.
Grande filósofo e educador brasileiro, reconhecido
mundialmente, Paulo Freire traz sua concepção sobre o diá-
logo em seu Livro Pedagogia do Oprimido, especialmen-
te no capitulo cujo título é “A dialogicidade – essência da
educação como prática da liberdade”. Para seu início, Paulo
Freire traz o que é a essência do diálogo, algo restrito ao
homem, partindo do elemento base que é a “palavra”. Se-
gundo o autor, a palavra possui duas dimensões; a ação e a
reflexão, considerando que a função da palavra verdadeira
seja transformar o mundo.
A intenção que há ao propor diálogo entre supervisão
e professor a respeito dos seus pensamentos sobre a edu-
cação, suas práticas e demandas, é a de que a educação se
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Mestranda no Curso de Mestrado Profissional em Gestão Educacional
(MPGE) – UNISINOS.