XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
1385
EIXO 9 – PAULO FREIRE: POLÍTICAS PÚBLICAS E A GESTÃO EDUCACIONAL
RS, junto a cidade vizinha São José do Norte/RS, e São Lou-
renço do Sul/RS, muitos dos cursistas levam suas experiên-
cias com suas turmas de EJA. Neste sentindo,
Ao buscarmos realizar uma prática de educação
libertadora, humanizadora, devemos focar nossos
olhares em um processo contínuo de compromis-
so de educadores com a realidade na qual estamos
inseridos. Na medida em que temos convicção de
que a prática educativa não é neutra, estamos
contribuindo para o despertar da consciência crí-
tica dos educandos.” (PEREIRA, CLARO, PEREIRA,
2016, p. 114)
Tendo muitos deles frisado o fato do perfil do edu-
cando da EJA estar mudando nos últimos anos, de modo
que os que compõem estas turmas são cada vez mais jovens
e, sendo alunos que deram problema nas turmas regulares,
após serem reprovados em vários anos, acabam indo para
estas turmas de EJA, normalmente no turno da noite, para
que possam concluir seus estudos.
A Educação de Jovens e Adultos que precisamos
trata-se de uma educação que se volte à realidade
do educando. Constatamos que ele é adolescente,
vindo de escola pública, sujeito que não progrediu
na rede regular de ensino, que não compreende a
importância da escola para sua superação; filho de
pais com pouco estudo (isso também foi aponta-
do em nossa pesquisa); educandos vulneráveis ao
uso de drogas e a um distanciamento da escola,
uma vez que se mostram alheios a essa. (CASEIRA,
2017, p. 115)
Vejo nesta situação, um paralelo do que acontecia com
minha colega de Ensino Médio; ela conviveu com alunos
que se assemelham a este perfil comentado pelos profes-
sores no curso e, provavelmente, se ela ingressasse em uma
turma de EJA com este perfil de educando, talvez tivesse os
mesmos problemas que teve quando ingressou em minha
turma: era visível que ela estava ali por garra e determina-
ção; isto ficava bastante claro quando se incomodava com