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EIXO 9 – PAULO FREIRE: POLÍTICAS PÚBLICAS E A GESTÃO EDUCACIONAL
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
de para todos, independentemente de situação econômica,
física, social, intelectual ou outra qualquer dos estudantes.
Em relação a essa premissa, importante reportarmo-nos às
práticas pedagógicas de Paulo Freire, as quais preconizavam
uma educação, por meio da qual as pessoas eram conside-
radas agentes de transformação e libertação, incluindo, sem
qualquer forma de discriminação, todos na escola.
Ao referirmo-nos à educação de qualidade para todos,
é imprescindível traçarmos uma panorâmica dos avanços
que vêm ocorrendo no Brasil. Muitas são as oportunidades
de educação, fundamentadas nos paradigmas de inclusão,
direitos humanos, articulação entre direito, igualdade e di-
ferença, que têm gerado novas alternativas à transformação
dos sistemas educacionais. Apesar disso, muitas mudanças
ainda precisam ser efetivadas, especificamente, no que tan-
ge ao atendimento de estudantes com deficiência nas esco-
las de ensino comum.
Diante da concepção de que incluir não se restringe
à oferta de vagas nas escolas, mas precipuamente, colocar
em prática o princípio da igualdade como direito de todos,
independentemente de capacidades ou habilidades, com-
preendemos que, além de recursos humanos para atendi-
mento às especificidades dos estudantes com deficiência,
são necessários recursos financeiros e pedagógicos. Isto é,
aspectos de natureza política, social e econômica que am-
parem e solidifiquem a prática pedagógica.
Ao colocarmos em evidência a igualdade de direitos,
nossa intenção é a de enfatizar a necessidade de oportuni-
dades iguais a todos, constituindo-se um dever do Estado
proporcionar essa garantia, uma vez que a
igualdade consti-
tui um princípio de cidadania, conforme afirma Freire (1996,
p. 67): “Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é
um dever por mais que se reconheça a força dos condicio-
namentos a enfrentar. A boniteza de ser gente se acha, entre
outras coisas, nessa possibilidade e nesse dever de brigar.”
Se o acesso à educação é, fundamentalmente, um di-
reto de todos, por meio do convívio com os outros e da