XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 9 – PAULO FREIRE: POLÍTICAS PÚBLICAS E A GESTÃO EDUCACIONAL
gadas”, “Mais espaço de diálogos nas Universidades”, “valori-
zação das micros políticas”, “O que tem de positivo nos novos
movimentos?”, “Paulo Freire vem sendo domesticado”, “Des-
construção da Escola Pública”, “Paulo Freire desconstruído”, “
Onde estão os educadores do Brasil?”. Essas falas durante o
debate com palestrantes e público produziram inquietações
e certeza da importância da participação de educadores em
eventos como esse, que o diálogo, o ato de compartilhar ex-
periências são importantes para reflexão sobre a atual situa-
ção da escola pública no Brasil.
A tarde foi o momento das Rodas de Diálogo. Ini-
ciou-se com relatos de práticas pedagógicas de profes-
sores da rede pública municipal de Nova Santa Rita. Com
estes relatos aprendemos que o uso de jogos como meto-
dologia de ensino aprendizagem produz inovação na es-
cola e conduzem alunos à autonomia, coletividade, racio-
cínio lógico, aprender a respeitar os colegas, alunos como
sujeitos ativos no processo educativo. Que “ensinar não é
transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para
a sua produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p.21).
Que o conhecimento também vem da merendeira da esco-
la, que se faz necessário a valorização do saber da comu-
nidade. “Todos sabemos algo; todos ignoramos algo. Sem
humildade dificilmente ouviremos com respeito a quem
consideramos demasiadamente longe de nosso nível de
competência” (FREIRE, 1997,p.37).
Assim, a participação do XI Seminário Nacional Diálo-
gos com Paulo Freire me proporcionou novos desafios que
iniciou com o percurso de casa até o local do evento. Per-
der o medo de ousar, de descobrir novos locais em cidades
diferentes, de conhecer pessoas novas com pensamentos
semelhantes. Ver pessoas, educadores reunidos no meio a
natureza viva para dialogar sobre suas práticas, compartilhar
saberes e refletir sobre a educação, me levou a pensar so-
bre a realidade educacional vigente no Brasil. Que ainda há
esperança enquanto educadores, mesmo com dificuldades,
continuam acreditando e lutando por melhorias na educa-