1346
EIXO 9 – PAULO FREIRE: POLÍTICAS PÚBLICAS E A GESTÃO EDUCACIONAL
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
decorrência disso configura-se a oferta de cursos a distân-
cia que farão parte do currículo tendo a possibilidade de
regulamentar até 40% do Ensino médio feito por EAD. Ex-
clusão, privatização, desresponsabilização do Estado, ações
que aprofundam as desigualdades educacionais e sociais.
Aos pobres nega-se o direito a educação pública e de qua-
lidade social.
É urgente o diálogo com a sociedade diante da gra-
vidade da situação. Manifestemo-nos em defesa da educa-
ção básica e do respeito à construção coletiva das normas
que regulamentam a educação brasileira. Paulo Freire ecoa
e não silencia. Em suas palavras tão presentes e vivas em
nosso meio nos diz, mesmo na tristeza do olhar do estudan-
te, no choro do educador e na esperança das crianças que
não podemos desistir. Gritemos por ele e por nós trabalha-
dores, oprimidos, mas jamais acovardados pelas situações
de injustiça. Resistência e compromisso com um projeto de
educação mais democrático e humano.
Como Freire cita em seu livro “A pedagogia do Opri-
mido”, a concepção que se apresenta nesse contexto atual
é de que os homens sejam meros espectadores e não re-
criadores do mundo, e é o que sugere o ataque do “des”go-
verno Temer, com um projeto de educação deficiente, com
escolas sucateadas e educandos alienados, sem poder de
pensamento e ações próprias, pois, controlados pela mídia
esmagadora, fascista, sustentada por grandes empresas de-
tentoras do oligopólio econômico e midiático.
A libertação dessas “amarras ideológicas”, nos faz
pensar e crer que somente uma profunda transformação
social, com base numa educação crítica em torno de sua
realidade e do mundo, pode fazer o educando ser agente
da sua própria história, resultando numa ação completa de
humanização.
Temos que recusar as formas de organização buro-
cráticas que recusam a politicidade e pedagocidade. A luta
de Freire e seu legado pedagógico ousou ao questionar a
instrumentalização e mecanização asfixiante que negava a