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EIXO 9 – PAULO FREIRE: POLÍTICAS PÚBLICAS E A GESTÃO EDUCACIONAL

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

decorrência disso configura-se a oferta de cursos a distân-

cia que farão parte do currículo tendo a possibilidade de

regulamentar até 40% do Ensino médio feito por EAD. Ex-

clusão, privatização, desresponsabilização do Estado, ações

que aprofundam as desigualdades educacionais e sociais.

Aos pobres nega-se o direito a educação pública e de qua-

lidade social.

É urgente o diálogo com a sociedade diante da gra-

vidade da situação. Manifestemo-nos em defesa da educa-

ção básica e do respeito à construção coletiva das normas

que regulamentam a educação brasileira. Paulo Freire ecoa

e não silencia. Em suas palavras tão presentes e vivas em

nosso meio nos diz, mesmo na tristeza do olhar do estudan-

te, no choro do educador e na esperança das crianças que

não podemos desistir. Gritemos por ele e por nós trabalha-

dores, oprimidos, mas jamais acovardados pelas situações

de injustiça. Resistência e compromisso com um projeto de

educação mais democrático e humano.

Como Freire cita em seu livro “A pedagogia do Opri-

mido”, a concepção que se apresenta nesse contexto atual

é de que os homens sejam meros espectadores e não re-

criadores do mundo, e é o que sugere o ataque do “des”go-

verno Temer, com um projeto de educação deficiente, com

escolas sucateadas e educandos alienados, sem poder de

pensamento e ações próprias, pois, controlados pela mídia

esmagadora, fascista, sustentada por grandes empresas de-

tentoras do oligopólio econômico e midiático.

A libertação dessas “amarras ideológicas”, nos faz

pensar e crer que somente uma profunda transformação

social, com base numa educação crítica em torno de sua

realidade e do mundo, pode fazer o educando ser agente

da sua própria história, resultando numa ação completa de

humanização.

Temos que recusar as formas de organização buro-

cráticas que recusam a politicidade e pedagocidade. A luta

de Freire e seu legado pedagógico ousou ao questionar a

instrumentalização e mecanização asfixiante que negava a