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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 9 – PAULO FREIRE: POLÍTICAS PÚBLICAS E A GESTÃO EDUCACIONAL

abordagem crítica e a construção do conhecimento, ao in-

vés disso, propunha a descentralização das decisões e de-

mocratização dos poderes educativos através da atuação

dos conselhos de escola, da assunção de maior autonomia

como prática da liberdade.

Para Freire o problema de gestão democrática na edu-

cação é de ordem política-administrativa e pedagógica. A

força dos projetos de educação no contexto atual retoma

fortemente a educação bancária fornecedora de passividade

e domesticação.

Isso tudo exige de nós agentes educacionais, especial-

mente, “um aprendizado existencial da democracia” e para

isso é fundamental a participação democrática nos proces-

sos de decisão.

Enquanto isso não nos é permitido, nós educadores,

temos o dever de gritar contra esses ataques, dialogando

nos demais espaços de formação e de luta contra hegemô-

nica. Não nos cabe aceitar passivamente esse cenário.

Para Paulo Freire a pedagogia radical e o educador

progressista não podem fazer concessões ao “pragmatismo

neoliberal que reduz a prática educativa ao treinamento”.

Ele apresenta em “Pedagogia da indignação” a possibilidade

de assumir briga permanente em favor da justiça e da ética.

Recusar o discurso que a mudança acontece passiva e es-

pontaneamente, a constatação não deve servir à adaptação

do sistema, mas deverá estar comprometida com a mudan-

ça. [...]as resistências – a orgânica e/ou cultural- são manhas

necessárias à sobrevivência física e cultural do oprimido...

Não é na resignação mas na rebeldia em face as injustiças

que nos afirmamos. (Freire, 2000, p.87). Assim, a resistência

deixa de ser um movimento só de reação de autodefesa e

passa a ser uma ação política ofensiva, contraria a visão de

mundo dominante.

Nos diz Freire 2000b que “reconhecer que o sistema

atual não inclui a todos não basta. É necessário precisamen-

te, por causa deste reconhecimento, lutar contra ele e não

assumir a posição fatalista forjada pelo próprio sistema de