XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
1355
EIXO 9 – PAULO FREIRE: POLÍTICAS PÚBLICAS E A GESTÃO EDUCACIONAL
CARTA PEDAGÓGICA DE INDIGNAÇÃO
E RESISTÊNCIA PELA EDUCAÇÃO
Alana Morari
1
Felipe Gustsack
2
Joaquim Rauber
3
Complexo, é esse movimento de escrita de uma carta
pedagógica que foi, por tantas vezes, prática de Paulo Freire
em sua andarilhagem com o mundo. Adriano Vieira escre-
veu que: “as cartas pedagógicas” tomam uma dimensão for-
temente marcada pelo compromisso com um diálogo que
construa, de forma sistemática, mas agradavelmente huma-
na, a reflexão rigorosa acerca das questões da educação”
(2010, p. 66).
Assim, escolhemos refletir-resistir-denunciar os des-
montes da educação no contexto atual. A realidade que pa-
rece, a cada dia, tomar novas doses de força alastra a opres-
são que deixa, mais uma vez na história, os escritos de Paulo
Freire vivos-revitalizantes-revigorantes. Isto é, lendo a obra
Pedagogia do Oprimido (1987), os sentimentos que temos
é de que Freire está lendo uma vez mais o tempo que volta,
como uma infelicidade pedagógica, social e econômica, a se
repetir na história do nosso país.
Tomamos alguns conceitos de Pedagogia do Oprimi-
do, leitura principal nesta escrita, para que possamos nos
aproximar do desvelamento deste contexto de opressão e
estarmos, a partir disso, conscientes de nossa práxis e da
possibilidade de transformação como sujeitos históricos.
Desse modo, “esta pedagogia deixa de ser do oprimido e
passa a ser a pedagogia dos homens em processo de liber-
tação” (p. 41).
Circulando a realidade que tratamos, relembramos o
que foi efetivado em 31 de agosto de 2016, quando a pre-
1
Professora na Rede Municipal de Arroio do Meio,
alanamorari@gmail.com2
Professor na Universidade de Santa Cruz do Sul/UNISC,
fegus@unisc.br3
Professor no IFRS, Bento Gonçalves,
joaquim.rauber@bento.ifrs.edu.br