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EIXO 9 – PAULO FREIRE: POLÍTICAS PÚBLICAS E A GESTÃO EDUCACIONAL

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

sidenta eleita Dilma Rousseff sofre o impedimento na con-

tinuidade do mandato. Com o cenário de golpe instaurado,

tememos o que, desde lá, estamos a viver: cortes e desmon-

tes nas políticas públicas do Brasil, aqui especialmente tra-

tadas aquelas relacionadas à educação.

Vínhamos, antes disso, em um caminho de lutas,

desde Lula (2003/2010), que representaram outros lados e

novos poderes na gestão do Brasil. Foi um período de ins-

tauração de políticas que finalmente chegaram às escolas

públicas, por exemplo, dos contextos mais distintos e dis-

tantes possíveis. Estivemos nas escolas do interior, enquanto

educadores, quando os primeiros sinais chegaram. Quando

o dinheiro chegou para a escola, possibilitando autonomia a

partir do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE); quan-

do o ônibus escolar chegou, trazendo a efetiva oportuni-

dade das crianças chegarem à escola, respeitando-lhes o

direito de chegar e, chegar bem... Muitos outros programas

e políticas públicas poderiam ser citadas, igualmente impor-

tantes e antes quase inexistentes. Importa, todavia, desta-

car os sentimentos que nos geravam enquanto profissionais

da educação. Era um sentimento de força que nos tomava,

semelhante a uma grande união pela e com a educação es-

colar das “gentes do nosso país”. Estava presente a ideia de

que partíamos de lugares diferentes, singulares, mas éramos

iguais nestes pontos de partida e que poderíamos alcançar

destinos comuns-distantes-inovadores garantindo visibi-

lidade e oportunidades à existência de nossas diferenças.

Havia uma crença na educação escolar e, “crer no povo é a

condição prévia, indispensável, à mudança revolucionária”.

(FREIRE, 1987, p. 48).

Hoje, vemos chegar à escola-sociedade com muita

força o discurso: “são tempos difíceis e por assim dizer, ha-

verão ainda mais reduções”. Aliás, cabe registrar nossa in-

dignação com o corte de recursos na educação de 2018,

especialmente daqueles destinados às Universidades e Ins-

titutos Federais. É o sucateamento da educação brasileira

tomando ainda mais força quando o Congresso Nacional