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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

do ser humano permitem ao educador retornar à fonte de

sua nascente e renascer interpretando o papel do aprenden-

te-ensinante. Pois, o ato de constituir-se educador é com-

plexo, inconcluso, inacabado, infinito e contínuo.

Para Freire (1996, p. 154) “o sujeito que se abre ao

mundo e aos outros inaugura com o seu gesto a relação dia-

lógica em que se confirma como inquietação e curiosidade,

como inconclusão em permanente movimento na História”.

Acreditamos que o educador inserido numa proposta

autoformativa e construtivo-libertadora é aquele que aju-

da o sujeito (o educando) a construir o seu conhecimento

a partir das suas leituras de mundo e à medida que esse

sujeito aprende, contribui para transformar a realidade.

Esse educador busca a autoria do pensamento, bem como

a autonomia do sujeito. Percebe-se também um avanço do

educador na construção de seu conhecimento, conforme o

desenvolver do processo, ele reconstrói o seu conhecimen-

to na interação com o educando. A metodologia adotada

parte da problematização, pois o conhecimento não está

pronto, ele está constantemente sendo construído. Em

sua ação cotidiana, procura superar o senso-comum, sem

desprezá-lo; busca ampliar o conhecimento, aproximando-

-se do científico e utiliza a avaliação como um meio para

acompanhar e identificar falhas do processo, tornando-a

formativa.

A partir da proposta construtivo-libertadora, encon-

tramos a valorização das diferenças, partindo das mesmas

para construir um processo educativo inovador, no qual as

histórias individuais do sujeito possam ser respeitadas, ge-

rando desta forma um novo caminhar, mas sustentado em

uma prática transformadora.

Para além desta questão, necessitamos, por meio da

educação, da escola, do educador, constituir sujeitos autô-

nomos, pois serão esses, em uma ação conjunta, capazes

de empreender as mudanças que refletirão numa vida mais

digna e coerente com as necessidades humanas. A esco-

la terá uma transformação se realmente, nós educadores,