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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
A curiosidade do estudante às vezes pode abalar
a certeza do professor. Por isso é que, ao limitar
a curiosidade do aluno, a sua expressividade, o
professor autoritário limita a sua também. Muitas
vezes, por outro lado, a pergunta que o aluno li-
vre para fazê-la, faz sobre um tema, pode colocar
ao professor um ângulo diferente, do qual lhe será
possível aprofundar mais tarde uma reflexão mais
crítica. (FREIRE, 2011, p. 44).
Neste sentido, não podemos culpar o outro, carregar
os preconceitos, nós lidamos com as diferenças e assim, não
podemos esquecer a nossa postura e competência enquan-
to, profissionais da educação. Uma sala de aula não deve ser
um território de poder desigual, onde educador e educando
se confrontam, mas, pelo contrário, é na interação um com
o outro que a educação, o ensino e os métodos para apren-
dizagem se estabelecem.
O educador não é o centro dos saberes e nem são ab-
solutos assim como, os alunos não são tabulas rasas (FREI-
RE, 2014). Acreditamos que ficar desestruturado e inquieto
frente ao que se presencia, vivencia ou executa é o pontapé
inicial para possíveis modificações, pois só transformamos o
que nos faz refletir e/ou, ocasionalmente, nos gera uma si-
tuação-problema, nos faz e possibilita desacomodar. Freire
salienta que:
(...) esta postura ajuda a construir um ambiente fa-
vorável a produção do conhecimento onde o medo
do professor e o mito que se cria em torno da pes-
soa vão sendo desvelados. É preciso aprender a ser
coerente. De nada adianta o discurso competente
se a ação pedagógica é impermeável a mudanças.
(FREIRE, 2011, p.12).
Neste sentido é necessário romper com as formas de
ensino padronizadas e que elas sirvam como objetos de re-
flexão e questionamentos, que precisam e devem ser diários/
permanentes na nossa constituição, já que somos pedago-
gas e, permanente trans/formação. Atualmente, vivenciamos
novos tempos da e na sociedade: a geração da tecnologia